Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 24 de novembro de 2018
O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, recusou o convite para participar de uma sabatina com representantes de sete países, incluindo o Brasil, sobre a disseminação de notícias falsas na rede social. As informações são da agência de notícias Ansa.
A audiência acontecerá em Londres (Reino Unido), mas Zuckerberg anunciou na sexta-feira (23) que enviará em seu lugar o vice-presidente do Facebook, Richard Allan. Além do Brasil, também participarão Argentina, Canadá, Irlanda, Letônia, Reino Unido e Singapura.
O representante brasileiro na sabatina será o deputado Alessandro Molon (PSB). A audiência será na próxima terça-feira (27), a partir das 16h30min (horário local).
Privacidade dos usuários
O Facebook tem sido acusado de não fazer o suficiente para impedir o uso da plataforma para disseminação de notícias falsas, especialmente em períodos eleitorais, e de vulnerabilidades na privacidade dos usuários.
No início do ano, foi revelado que a consultoria britânica Cambridge Analytica teve acesso de forma ilegal aos dados de dezenas de milhões de perfis no Facebook e os utilizou para fins políticos. A empresa prestou serviços para a campanha de Donald Trump e grupos pró-Brexit.
Críticos públicos
O Facebook confirmou a contratação da companhia de relações públicas Definers, vinculada ao partido Republicano nos Estados Unidos, no ano passado para investigar críticos públicos da rede social.
O caso foi reportado pelo jornal “The New York Times” na semana passada, e foi confirmado pelo diretor de comunicações e políticas públicas Elliot Schrage, que está deixando a rede social.
Em comunicado, Schrage eximiu Mark Zuckerberg, presidente do Facebook, e Sheryl Sandberg, vice-presidente de operações, de culpa e negou que ambos estivessem a par dos negócios feitos com a Definers. “A responsabilidade por essas decisões está com a liderança do time de comunicações”, escreveu.
A Definers teria sido contratada para procurar informações sobre senadores que interrogariam Sandberg antes de ela prestar depoimento ao Congresso em setembro. A nota afirma que teria sido irresponsável “não entender os antecedentes e potenciais conflitos de interesse dos nossos críticos”.