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Colunistas O fundo eleitoral é uma vergonha

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Foi aprovado sem vetos o orçamento deste ano. Estaria tudo normal, não fosse o provisionamento no valor de R$ 2 bilhões para o fundo eleitoral. Isso significa que as campanhas eleitorais deste ano estarão recheadas de dinheiro dos pagadores de impostos. “Se não for ajudar, atrapalhe, afinal, o importante é participar.” O autor da frase é desconhecido, mas tenho certeza de que ela deve ser usada como fonte de inspiração para a maioria dos políticos brasileiros, afinal, o que eles menos fazem é ajudar a população. Preocupam-se com eles em primeiro lugar, em vez de se preocuparem com quem os elegeu.

O fundo eleitoral, bancado por dinheiro público, foi criado por lei em 2017, após a proibição de doações de empresas para campanhas políticas. Esse novo fundo tem muito a ajudar os partidos políticos e muito a prejudicar o cidadão pagador de impostos, que vê seu suado dinheiro sair de investimentos na segurança, saúde, educação e saneamento e ir parar na mão de candidatos e partidos para imprimirem panfletos, santinhos e adesivos e comprarem espaços na mídia com o intuído de inventarem promessas nunca compridas. Em tempos de recuperação da economia e cortes de gastos para diminuir o déficit público, os políticos querem tirar do bolso dos contribuintes mais dinheiro para financiar campanhas e partidos políticos.

O presidente Bolsonaro deveria ter tido a coragem de vetar todos esses dispositivos que facilitam a vida de políticos, partidos e candidatos interessados apenas em se apossar do dinheiro do contribuinte. O financiamento a partidos políticos deve ser feito exclusivamente por seus filiados ou por doações voluntárias. Tirar dinheiro da população por meio de impostos, ainda mais em um país onde já temos alta carga tributária e um número grande de desempregados, para financiar qualquer partido político é um abuso com o a população.

Muitos candidatos eleitos demonstraram, na última campanha, que é possível concorrer com poucos recursos, usando a tecnologia, voluntários e vaquinhas. Isso deveria servir de exemplo aos demais políticos. Cabe à população apurar e ficar de olho se seus candidatos votaram a favor desse inaceitável fundo eleitoral. Assim, o cidadão verá se o seu político está pensando em você, eleitor e pagador de impostos, ou apenas nele próprio. Nesse caso, não vote nele, e recrimine esse ladrão travestido de político.

Richard Sacks, empreendedor e associado do IEE.

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