Sexta-feira, 04 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 25 de junho de 2020
O futebol feminino na Itália se tornará profissional a partir da temporada de 2022/23. Um projeto sobre o tema, que foi elaborado pela Federação Italiana de Futebol (Figc), foi aprovado nesta quinta-feira (25) pelo conselho da entidade.
A medida mira introduzir gradualmente a mudança de status do futebol feminino no país, que é ainda tido como amador. Agora, o projeto será encaminhado para análise do governo italiano.
O projeto foi eleito o melhor para formalizar a mudança de nível. No entanto, o processo precisará passar por um “período adequado para preparar o sistema”.
“Precisamos garantir a sustentabilidade e garantir que o futebol feminino sempre possa alcançar objetivos mais altos e não perder peças pela rua. Também estamos cientes que o profissionalismo envolve maiores encargos e custos, principalmente em um momento em que sempre se fala de grande respeito pela sustentabilidade”, declarou o presidente da Figc, Gabriele Gravina.
O conselho da Figc também decidiu nesta quinta atribuir o título da Série A feminina para a Juventus, que terminou a liga com nove pontos na frente da segunda colocada Fiorentina. Esse foi o terceiro título consecutivo da Velha Senhora no torneio.
Copa do Mundo
A Copa do Mundo Feminina será realizada na Oceania pela primeira vez na história.
A Fifa anunciou nesta quinta que Austrália e Nova Zelândia foram escolhidas como sedes do próximo mundial, em 2023, depois de um processo de escolha no qual o Brasil também chegou a participar. A decisão foi divulgada depois de votação entre os membros do conselho da entidade, que se reuniram através de videoconferência.
“Não é apenas uma Copa do Mundo Feminina. É uma Copa do Mundo. Temos que nos dar conta disso. Mulheres são 50% da população mundial, talvez mais. O que acontece no campo ali é futebol, com atletas habilidosos”, disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino.
Na entrevista coletiva logo após a escolha, também realizada por videoconferência, Infantino citou que esteve recentemente na Oceania e viu a empolgação pelo esporte nos países. E que quer ver isso em 2023 – mas que a entidade trabalhará para popularizar o futebol feminino antes. Inclusive, o mandatário apontou que pode haver uma mudança no processo de escolha das sedes das Copas do Mundo femininas: em vez da votação ficar restrita ao conselho da Fifa, ela seria realizada no congresso, com 211 eleitores participando.
“Não deveria haver diferença entre as votações para sede da Copa do Mundo dos homens e das mulheres. É algo que deveríamos considerar para o futuro. Eu estou feliz que o processo até a votação tenha sido feito de maneira profissional e transparente, de um jeito como nunca foi feito antes”, completou.
O presidente da Fifa também indicou que pode colocar em prática uma proposta de tornar a Copa do Mundo Feminina um evento a cada dois anos, além de dobras a premiação do torneio para 2023 – em 2019, este valor foi de US$ 50 milhões. Infantino citou seu desejo de ver a competição chegar à América do Sul, citando a candidatura do Brasil, que, na sua opinião, poderia receber o torneio por ter abrigado a Copa do Mundo em 2014.