Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 8 de abril de 2016
Você escolhe o carro estacionado mais perto de sua casa, usa um aplicativo no celular para destravar a porta, aperta o botão de partida e parte silenciosamente. Um motorista distraído te dá uma fechada, mas tudo bem: os freios entram em ação sozinhos, evitando a batida. Mais adiante, um alerta no para-brisa mostra que há um pedestre, atrás de uma árvore, pronto para atravessar a rua. Os automóveis vão trocando informações entre si, apontando em uma telinha qual o caminho com tráfego mais leve. E, se houver engarrafamento, relaxe… Aperte uma tecla, que o veículo fará o resto sozinho no para e anda do trânsito.
Prever o futuro é sempre arriscado, mas todas as tecnologias citadas no parágrafo acima são estudadas na forma de protótipos. Ou mesmo já equipam alguns carros mais avançados (como o Volvo XC90, por exemplo).
Será um tempo de mudanças no automóvel – tanto em tecnologia quanto no conceito – como há muito não se via. As principais apostas para daqui a dez anos têm a ver com o uso compartilhado de veículos, a redução de emissões, carros que se comunicam entre si e sistemas que assumem os controles automaticamente, tanto para garantir a segurança quanto para permitir que o motorista “se desligue” do tráfego.
Carros autônomos.
Por isso, os carros autônomos são uma das maiores apostas dos fabricantes para os próximos dez anos. Sua introdução já ocorre por etapas. Hoje, é comum a automação “nível 1”, com controle de estabilidade eletrônico e freios que entram em ação sozinhos quando há um obstáculo. No “nível 2”, já atingido pelos carros mais caros, o piloto automático freia e acelera, bem como evita que o veículo saia de sua faixa de rolamento. Há também o park assist, para estacionar sem botar as mãos no volante.
Daqui para a frente entrarão os autônomos “nível 3”, que assumem o controle totalmente em determinadas situações de risco, devolvendo os comandos ao motorista assim que o perigo passar. Serão veículos praticamente à prova de acidentes. Por volta de 2020, (segundo previsões da Ford e da Google, entre outras), os primeiros autônomos “nível 4” chegarão às lojas. Bastará programá-los que eles farão tudo sozinhos. No “nível 5” não é necessário sequer um humano atrás do volante. Aliás, nem é preciso que o carro tenha volante…
Dentro de dois meses, as primeiras vans sem motorista (“nível 5”, portanto) começarão a transportar passageiros regularmente na Holanda, em vias abertas ao tráfego normal. Por ora, a maior barreira para os 100% autônomos é legal (“Quem será responsabilizado pelos acidentes?”“Serão permitidos carros sem volante?”).
Comunicação entre veículos.
Também ganha corpo a ideia de criar uma V2V (rede de comunicação entre os veículos). Por meio de dispositivos DSRC (de comunicação de curto alcance), os carros “falariam entre si” sobre quem entrará primeiro no cruzamento, paradas repentinas, mudanças de faixa, congestionamentos etc.
Os dados podem entrar como alerta ao motorista ou ser aproveitados pelo modo autônomo.
Sensores de pneus.
Outro passo a ser dado até 2026 será a popularização dos sensores nos pneus. Eles informarão não apenas a pressão (até por meio do smartphone), como também alertarão sobre o desgaste dos sulcos. Além disso, darão avisos sobre pisos de baixa aderência.
Conexão total.
A indústria também prevê que em 2026, quase todos os carros novos estarão conectados à internet. Exemplos óbvios do uso: será possível, por exemplo, baixar músicas com um comando de voz ou ter um Wi-Fi de alta velocidade para os passageiros. (AG)