Quarta-feira, 08 de outubro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral O Google vai monitorar a movimentação de pessoas em meio ao coronavírus

Compartilhe esta notícia:

Ferramenta vai monitorar movimentação de pessoas em locais pelas cidades. (Foto: Reprodução)

O movimento de lojas e locais de recreação, como museus, shoppings e cinemas, caiu 71% no Brasil nos últimos dias, como um resultado do distanciamento social realizado em meio à pandemia do coronavírus. Os dados vêm de um novo recurso lançado pelo Google nesta sexta-feira (3): o Relatório de Mobilidade Comunitária. Construído com dados de localização de usuários obtidos em 131 países diferentes, o recurso poderá ajudar autoridades a saber se políticas de distanciamento social estão sendo seguidas, mostrando movimentação das pessoas em diferentes tipos de locais, como parques, lojas, locais de trabalho e residências.

As informações estarão disponíveis para 131 países diferentes. Aqui no Brasil, além de dados centralizados sobre o País, haverá números específicos sobre cada um dos 26 Estados da União, bem como o Distrito Federal. Com as informações, a expectativa é de que autoridades compreendam não só se a movimentação caiu ou subiu, mas também se é necessário, por exemplo colocar mais ônibus ou trens à disposição das pessoas, para evitar que os passageiros se aproximem durante a viagem.

Queda

Em uma primeira versão do relatório, referente ao dia 29 de março e obtida com exclusividade pelo Estado, é possível verificar que a movimentação do brasileiro em lojas e locais de recreação caiu 71%, na comparação com a média dos mesmos locais nos domingos das semanas entre 3 de janeiro e 6 de fevereiro. Os dados sempre consideram a média de variação para os diferentes dias da semana. Em mercados e farmácias, esse índice foi de queda de 35%; em escritórios, a baixa foi de 34%. Já nas residências, houve alta de 17% na movimentação.

Os números do Estado de São Paulo são bastante parecidos: em lojas e locais de recreação, houve queda de 72% em comparação com a média; em mercados e farmácias, baixa de 36%. Em locais de trabalho, a redução na frequência foi de 37%, enquanto a movimentação nas residências ficou igual ao índice nacional, com alta de 17%.

Já usamos dados agregados e anônimos que indicam a movimentação em determinados lugares, como vias de trânsito intenso ou restaurantes”, explica a empresa, em comunicado assinado por Jen Fitzpatrick, vice-presidente da área de mapas, e Karen De Salvo, diretora de saúde do Google. “Agora, os relatórios vão conter informações sobre o que mudou agora que as pessoas estão trabalhando de casa, tomando medidas para que a curva da pandemia deixe de ser ascendente e se transforme numa linha plana.”

A empresa ainda não definiu qual será a periodicidade da atualização dos dados – num primeiro momento, quer ouvir retornos de autoridades e dos usuários para entender o que pode ser aprimorado. “Vamos continuar avaliando os relatórios à medida que receber opiniões e sugestões de autoridades sanitárias, organizações da sociedade civil, governos e da comunidade como um todo”, disseram as executivas no comunicado.

Todos os relatórios devem ser divulgados com dois ou três dias de atraso, explicou a companhia ao Estado, uma vez que este é o tempo necessário para que as informações sejam processadas. Segundo o Google, os relatórios foram desenvolvidos depois de pedidos de autoridades sanitárias, em todo o planeta, para saber se seria possível utilizar dados de localização para monitorar o avanço da doença.

Privacidade

Todos os dados cedidos publicados nos relatórios foram agregados e tornados anônimos pelo Google, explicou a empresa. Além disso, as informações passaram por um processo que a gigante de buscas chama de privacidade diferencial, com a inserção de um “ruído” aleatório, que não permite a individualização dos usuários. A tecnologia, criada pela companhia, está em código aberto – o que permite que qualquer pessoa possa verificar como funciona, aumentando a transparência por trás da ferramenta.

Além disso, todas as informações são coletadas a partir de usuários que deixam seu histórico de localização ligado – um recurso, que, por padrão, fica desligado para todos os usuários do Google. A tecnologia utilizada nesse monitoramento é a mesma que indica, por exemplo, se uma rua está congestionada ou um horário de pico num restaurante no Google Maps.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

A disputa por máscaras contra o coronavírus virou uma crise na Europa
Respiradores que viriam para o Brasil estão retidos nos Estados Unidos
https://www.osul.com.br/o-google-vai-monitorar-a-movimentacao-de-pessoas-em-meio-ao-coronavirus/ O Google vai monitorar a movimentação de pessoas em meio ao coronavírus 2020-04-03
Deixe seu comentário
Pode te interessar