Segunda-feira, 20 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de maio de 2020
O Itamaraty auxiliou 25 chilenos a retornarem da Nova Zelândia.
Foto: Reprodução/Twitter/ItamaratyO governo brasileiro ajudou o Chile a repatriar cidadãos que estavam na Oceania. Um voo fretado partiu de Auckland, na Nova Zelândia, na sexta-feira (1º), com 185 brasileiros e 25 chilenos a bordo, segundo o Itamaraty.
O voo fez uma escala em Santiago, para deixar os chilenos e buscar mais 67 brasileiros. O chanceler chileno, Teodoro Neumann, fez um agradecimento público ao Brasil por esse gesto de ajuda, em uma rede social.
Com o cancelamento de voos e o fechamento de fronteiras pela crise do coronavírus, muitos estrangeiros passaram a depender da ajuda dos governos para conseguir retornar. O Itamaraty disse que já ajudou quase 18 mil brasileiros a voltar ao País, vindos de diversos lugares no exterior.
Brasileiros ainda aguardam
Após mais de 40 dias desde o início das repatriações pelo Itamaraty, 3,7 mil brasileiros no exterior ainda enfrentam problemas para retornar ao Brasil em meio à pandemia do coronavírus, segundo o Ministério das Relações Exteriores.
O governo não informa onde se concentra a maioria dos pedidos de retorno. Desde 21 de março foram repatriados 17.906 pessoas, de acordo com o governo federal.
Nas redes sociais da pasta, é possível perceber que muitos brasileiros ainda buscam orientações de como proceder. Há pessoas que afirmam estar em Malta, Guiné-Bissau, Venezuela e Espanha, por exemplo, sem conseguir um voo para o Brasil.
O Itamaraty disse não ter consolidados as idades e os motivos da ida ao exterior dos brasileiros que pedem a repatriação, mas há quem estivesse em viagem de turismo ou a trabalho e quem morasse fora, foi demitido, está sem dinheiro e agora busca voltar ao Brasil.
Auxílio
Para evitar a propagação do vírus, o transporte mundial de passageiros foi reduzido ao mínimo necessário e pessoas têm tido dificuldade para voltar aos respectivos países. Por isso, as embaixadas e os consulados do Brasil no exterior afirmam procurar colher informações de brasileiros interessados na repatriação e oferecer apoio logístico para o retorno deles.
Segundo o ministério, a pasta já auxiliou brasileiros em 23 voos de repatriações até 25 de abril. O Itamaraty considera o começo oficial das repatriações em 21 de março, quando cancelamentos de voos foram intensificados e o ministério passou a atuar de forma mais coordenada para atender aos brasileiros retidos.
O único voo de repatriação antes da data foi o que buscou um grupo de 30 brasileiros que estava em Wuhan, na China, epicentro inicial da pandemia. O grupo chegou a Goiás em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) em 9 de fevereiro e ficou em quarentena na Base Aérea de Anápolis antes de cada um voltar aos seus Estados de origem.
Três operações que repatriaram 106 brasileiros foram realizadas com aviões da FAB – Wuhan (30), Cusco (66) e Caracas (10). O restante das repatriações aconteceu por meio de voos contratados ou auxiliados pelo Itamaraty, o que não significa que os brasileiros estejam isentos de pagar passagem.
Além de brasileiros, o governo ajudou cidadãos de outros países. Em voo fretado pelo Itamaraty para buscar brasileiros na América Central, 60 cidadãos centro-americanos aproveitaram escalas para retornar aos locais de origem. Quatro chilenos aproveitaram espaços disponíveis em voo fretado da África do Sul para o Brasil, de onde partiram para o Chile por conta própria.