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Mundo O governo do Chile convoca reservistas das Forças Armadas para enfrentar os protestos no país

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Muitos manifestantes chilenos são atingidos nos olhos. (Foto: Reprodução)

O Ministério da Defesa do Chile convocou reservistas das Forças Armadas para ajudar o patrulhamento e revezar as tropas mobilizadas com a imposição do estado de emergência em diversas regiões do país desde o último sábado. Os militares voltaram às ruas do Chile pela primeira vez desde o fim da ditadura em função do aumento da violência nos protestos deflagrados pelo reajuste das passagens do metrô de Santiago, e cujas demandas se ampliaram para reformas sociais e econômicas . Mesmo o anúncio de uma Agenda Social pelo presidente Sebastián Piñera na noite de terça não foi suficiente para encerrar as manifestações, que registraram novos confrontos nesta quarta.

“Sim, há reservistas”, confirmou o ministro do Interior, Andrés Chadwick, ao jornal chileno La Tercera. “Esta é uma decisão das próprias Forças Armadas, que podem chamar suas reservas para poder não só reforçar (o patrulhamento). Também há que se entender que as jornadas têm sido muito longas e muito duras, e o pessoal (mobilizado) precisa ter seu devido descanso.”

De acordo com fontes militares ouvidas pelo La Tercera, os reservistas também deverão ajudar no trabalho administrativo e apoio logístico das unidades militares e só serão convocados alguns deles, dependendo das necessidades de cada Arma (Exército, Marinha ou Aeronáutica).

A medida, no entanto, foi criticada pela oposição. O deputado da agremiação esquerdista Revolução Democrática, Miguel Crispi publicou o decreto de convocação, datado da última segunda-feira, dia 21, em sua conta no Twitter e comentou: “Esta informação é muito delicada, e muito preocupante. É o decreto mediante o qual se está chamando ao serviço ativo as reservas do Exército. O governo deve dar conta desta informação. Não estamos em guerra.”

Uso excessivo da força

Saques e incêndios têm sido registrados em várias cidades do país, enquanto surgem críticas contra a atuação das forças de segurança. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos ( CIDH ) condenou em comunicado divulgado nesta quarta-feira o “uso excessivo da força” na repressão aos protestos no Chile, assim como os “atos violentos cometidos por civis” nas manifestações, que já deixaram 18 pessoas mortas , entre elas uma criança de 4 anos, nos últimos dias.

“A Comissão urge ao Estado chileno e a todas as partes envolvidas estabelecer um diálogo efetivo e inclusivo para abordar as demandas legítimas da população, no marco democrático do Estado de Direito”, acrescenta o texto.

As manifestações desta quarta, uma resposta à convocação de uma greve geral, começaram pacificas, mas a noite foram registrados novos confrontos entre manifestantes e as forças de segurança, mas ainda não há informações sobre mais vítimas ou detidos. Os bombeiros tentavam apagar o incêndio em uma estação de metrô de Santiago, enquanto o jornal El Mercurio registrava que encapuzados saqueavam um hotel na capital.

Aumento das pensões e imposto para ricos

Numa tentativa de conter os protestos, Piñera anunciou na noite de terça um pacote de medidas e pediu perdão pelos problemas que provocaram as manifestações. No pronunciamento, o presidente explicou as medidas que pretende adotar para fazer frente às demandas populares, chamadas por ele de Agenda Social. A principal delas estabelece mudanças no sistema de pensões e pagamentos de benefícios sociais, que serão reajustados em 20%. Outro ponto é a criação de um teto de gastos familiares com saúde – se o valor ultrapassar esse teto, os custos serão assumidos por um seguro público.

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