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Brasil Eduardo Bolsonaro desistiu da embaixada do Brasil nos Estados Unidos após ser confirmado líder do PSL

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Deputado afirmou que liderança não foi fator determinante para desistência. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Confirmado líder do PSL na Câmara, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP) anunciou na noite de terça-feira (22) que desistiu da embaixada brasileira em Washington, mas negou que a conquista da liderança do partido tenha sido o fator determinante para a decisão.

O anúncio foi feito pouco antes do encerramento da votação do acordo entre EUA e Brasil sobre a base de Alcântara (MA). Eduardo subiu ao plenário como líder do partido e usou seu tempo para justificar a escolha.

Lembrando que foi eleito por 1,84 milhão de pessoas, disse que o comunicado iria decepcionar os que torciam por sua ida aos Estados Unidos, achando que, assim, ficaria distante da vida política brasileira.

No discurso, o filho 03 do presidente Jair Bolsonaro criticou os médicos cubanos no programa Mais Médicos e o financiamento do BNDES para a Odebrecht construir o Porto de Muriel. Segundo ele, há suspeita de que o dinheiro retornasse “em caixas de uísque” para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Eduardo fez críticas ao ex-senador e ex-deputado federal Tilden Santiago, que foi indicado por Lula em 2003, quando era filiado ao PT, ao cargo de embaixador em Cuba por Lula.

“Embaixador é alguém que representa o Brasil no exterior, e se um político que não conseguiu se eleger for representar todo o conjunto dos brasileiros no exterior, o que dizer então sobre o deputado mais votado da história do País? Certamente não me faltaria legitimidade”, disse.

“Este que vos fala, filho de militar do Exército brasileiro e deputado federal, que foi zombado por ter tido aos 20 anos um trabalho digno e honesto em restaurantes de fast food nos Estados Unidos, diz que fica no Brasil para defender os princípios conservadores, para fazer do tsunami que foi a eleição de 2018 uma onda permanente.”

Ele também agradeceu ao presidente americano, Donald Trump, por ter brecado as intenções de “internacionalização da Amazônia”, e defendeu que estar próximo aos Estados Unidos é resgatar a diplomacia brasileira.

Eduardo não descartou ocupar o posto de embaixador no futuro e ressaltou que desistir não foi uma decisão fácil. “Agora, aguardo para ver a análise dos especialistas que diziam que a minha indicação nos EUA estava numa espécie de acordão entre o presidente Jair Bolsonaro e a velha política.”

Em entrevista após o anúncio, Eduardo disse que vinha amadurecendo a decisão havia algum tempo. “Não foi esse [a liderança do partido] o fator determinante para minha desistência de ser embaixador.”

No Japão, onde se reúne com empresários brasileiros, o presidente Jair Bolsonaro parabenizou o filho pela decisão e recomendou “serenidade” e “tranquilidade” .

“Ele vai ter problemas pela frente. É uma bancada grande. Mas acho que tem a capacidade por sua experiência de conduzir o partido”, disse. “Eu vinha conversando com ele [Eduardo] e, a partir do momento que ele aceitou ser líder do partido, tem uma tremenda responsabilidade lá no Brasil.”

O presidente reconheceu que, ainda durante seu mandato, o filho poderá ser indicado ao posto diplomático.

“Quem sabe no futuro a gente volte a esse assunto, mas eu acho que, pelo menos no próximo ano, não se discute”, afirmou.

Nesta terça, a Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara confirmou Eduardo na liderança do partido na Casa. A SGM conferiu assinaturas de duas listas: uma protocolada pelo grupo ligado a Bivar, que defendia a liderança nas mãos do Delegado Waldir (GO), e outra pelos aliados do filho do presidente.

A primeira lista tinha um total de 29 assinaturas, mas duas foram retiradas e uma estava repetida.

Somente 26 foram consideradas válidas – o mínimo necessário eram 27. Já a lista de Eduardo tinha 31 assinaturas ao todo, mas duas estavam repetidas e uma não conferiu. As 28 validadas foram suficientes para manter o parlamentar na liderança do partido na Câmara.

A confirmação ocorre um dia após Waldir abrir mão do posto sob o argumento de que o governo havia firmado um acordo para pôr fim ao impasse que separa bivaristas de bolsonaristas e que mergulhou o PSL em uma crise interna.

Indicação

Em 11 de julho deste ano, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que nomearia seu filho Eduardo ao cargo de embaixador do Brasil em Washington, nos Estados Unidos. A decisão foi criticada pela oposição e por parte de aliados, que consideravam se tratar de um caso de nepotismo.

Desde então, o deputado, que também é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, fez duas viagens a Washington — em uma delas, foi recebido pelo presidente americano, mas saiu sem anúncios concretos da reunião.

A indicação de embaixadores tem de passar pelo Senado, em duas etapas. Primeiro, em caráter consultivo, há uma sabatina e uma votação na CRE (Comissão de Relações Exteriores). Aprovado ou rejeitado, o nome do indicado vai a votação no plenário da Casa.

No início de agosto, o governo de Donald Trump concedeu seu aval à nomeação.

O presidente brasileiro, no entanto, não apresentou formalmente o nome de Eduardo.

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