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Mundo O governo dos Estados Unidos informou o tribunal norte-americano que pais e filhos imigrantes podem não ser reunidos dentro do prazo

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Manifestante segura cartaz de protesto em forma de coração no qual se lê: 'Onde está a humanidade?' durante manifestação contra separação de famílias em Austin, no Texas. (Foto: Reprodução)

O governo dos EUA alertou nessa sexta-feira que poderá precisar de mais tempo para reunir as famílias de imigrantes separadas ao longo das últimas semanas pela sua “política de tolerância zero”. Enquanto estão perto de expirar os prazos impostos pela Justiça e pela própria Casa Branca para que pais e filhos menores de idade se reencontrem, após terem cruzado a fronteira do México para o território americano, funcionários do Departamento de Justiça pediram ao Tribunal Distrital dos Estados Unidos para obter mais detalhes sobre seus esforços para cumprir estes procedimentos. Autoridades têm enfrentado uma série de dificuldades para reunir pais e filhos, não raro espalhados em diferentes cantos do país.

Em quatro dias, vencerá o primeiro prazo imposto pelo próprio governo americano para que as famílias indocumentadas sejam reunidas. Por ordem do juiz federal Dana Sabraw, de San Diego, também está previsto que as crianças menores de 5 anos devem ser reunidas com pelo menos um dos pais até terça-feira, quando completam-se duas semanas desde que a sentença foi proferida, e todas as outras até 26 de julho. Além disso, o magistrado determinou que todas as crianças apreendidas devem ter permissão para pelo menos conversar com os seus pais até sexta-feira.

 Mas o governo disse durante a última noite que o processo pode ser atrasado por medidas que seriam necessárias antes que os pais pudessem se reconectar com seus filhos, segundo sua interpretação da ordem judicial: testes de DNA para verificar paternidade, verificação de antecedentes criminais e garantia de que os pais poderiam prover o bem estar físico e mental da criança.Como resultado, alguns casos podem exigir mais tempo do que o atribuído pelo tribunal, disseram autoridades, pedindo orientação à corte.

“O Departamento de Saúde e Serviços Humanos antecipa, no entanto, que em alguns casos não será capaz de completar os processos adicionais dentro dos prazos estabelecidos pelo Tribunal, particularmente no que diz respeito aos membros da classe que já não estão sob custódia do governo”, escreveram.

Em sua sentença, o juiz Sabraw declarara que o governo federal deveria “enfrentar as caóticas circunstâncias que criou”. A decisão veio a partir de uma ação que pedia a reunião de famílias, movida contra a Agência de Alfândega e Imigração (ICE) pela União Americana pelas Liberdades Civis em nome de duas imigrantes anônimas, uma brasileira e uma congolesa.

Na quinta-feira, o secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Alex Azar, disse que, dentre quase 3 mil crianças separadas dos seus pais,cerca de cem têm menos de 5 anos. Até então, os números oficialmente divulgados pelo governo giravam em torno de 2 mil crianças afastadas dos seus responsáveis desde abril. Segundo ele, o cumprimento dos prazos enfrenta uma série de obstáculos “impostos por um sistema migratório quebrado e ordens judiciais”, e as datas impostas exigirão um “processo de verificação truncado”.

Uma destas famílias era composta pelos brasileiros Sirley e Diego, que chegaram à fronteira do México com os EUA em 22 de maio, buscando asilo, e foram separados pelas autoridades migratórias. Liberada da detenção no último dia 13, a mãe foi para Massachusetts – estado onde se concentra a segunda maior comunidade brasileira nos EUA –, mas seu filho ficou num centro de acolhimento para menores em Chicago, no estado de Illinois. A cidade e seus arredores são o principal destino das crianças brasileiras desacompanhadas ou separadas dos seus pais. Na quinta-feira, a Justiça determinou que o menino de 10 anos fosse finalmente liberado e entregue à sua mãe. Rapidamente, os dois viveram um reencontro emocionado, em mais uma história de imigrantes amplamente veiculada nos Estados Unidos.

Teste de DNA

Autoridades têm realizado testes de DNA para confirmar os laços entre pais e filhos – uma vez separadas dos familiares, os menores de idade são classificados como desacompanhados, embora tenham não tenham chegado ao território americano sozinhos. Segundo Jonathan White, vice-diretor dos programas para crianças do Escritório para Realocamento de Refugiados, esta é a forma mais rápida de confirmar o parentesco.

“Temos que proteger as crianças das pessoas que podem se aproveitar delas, e é isso que estamos fazendo”, disse White. “Estes resultados de DNA são usados unicamente com este propósito.”

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