Sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de fevereiro de 2021
Vinculada ao governo federal, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) informou que apura as informações sobre o vazamento de dados pessoais de mais de 100 milhões de proprietários de celulares. O vazamento foi descoberto pela empresa de cibersegurança PSafe. Informações sobre tempo de duração de chamadas, número de celular e outros dados pessoais ficaram à disposição de criminosos na darkweb, ou internet profunda, e comercializados em bitcoin.
“A ANPD está tomando todas as providências cabíveis. A autoridade oficiou outros órgãos, como a Polícia Federal, a empresa que noticiou o fato e as empresas envolvidas, para investigar e auxiliar na apuração e na adoção de medidas de contenção e de mitigação de riscos relacionados aos dados pessoais dos possíveis afetados”, destacou a ANPD, acrescentando que as investigações terão como base eventuais violações à Lei Geral de Proteção de Dados.
A PSafe revelou que o criminoso teria extraído as informações de duas grandes operadoras de telefonia. A empresa de segurança na internet informou que enviaria um relatório detalhado sobre o assunto à ANPD. Há cerca de um mês, a mesma empresa descobriu um megavazamento de dados de 223 milhões de brasileiros, incluindo pessoas falecidas.
Notificação às operadoras
O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) vai notificar as operadoras e cobrar explicações sobre o vazamento de dados. Segundo o diretor do DPDC, Pedro Queiroz, nssa etapa da instrução processual, o órgão, vinculado à Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, pretende aferir quais seriam os dados pessoais divulgados, de que forma foram vazados e quais consumidores foram afetados.
“A notificação objetiva identificar se houve transgressão ao Código de Defesa do Consumidor, à Lei Geral de Proteção de Dados e ao Marco Civil da Internet. Além de questões relacionadas à proteção de dados propriamente ditas, entendemos que há potencial lesão à legislação consumerista e à privacidade dos consumidores no ambiente virtual que merecem ser investigadas”, disse Queiroz.
Orientações
Tanto a Febraban, quanto o Banco Central, orientam os cidadãos a tomarem cuidados básicos. Entre as recomendações estão:
– ter cuidado ao compartilhar informações pessoais;
– não clicar em links enviados por SMS, e-mail ou aplicativos de mensagens de texto;
– não compartilhar senhas de acesso aos canais de atendimento da instituição;
– não atender telefonemas nem trocar mensagens com pessoas que se dizem funcionárias da instituição detentora da sua conta;
– não navegar em sites suspeitos;
– não baixar aplicativos diferentes do aplicativo oficial da instituição detentora da sua conta.