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Por Redação O Sul | 10 de novembro de 2017
Na tarde dessa sexta-feira, o Grêmio realizou mais uma sessão preparatória no centro de treinamentos Presidente Luiz Carvalho. Vice-líder do Campeonato Brasileiro, o Tricolor recebe às 17h deste domingo o Vitória-BA, décimo-sexto colocado, mas o duelo está marcado para o estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, já que a Arena foi cedida para o show da banda britânica Coldplay, na noite deste sábado.
A novidade do trabalho ficou por conta da presença do atacante Lucas Barrios, que voltou a treinar com o grupo após se recuperar de uma lesão no músculo adutor da coxa direita. Ele está à disposição para enfrentar a equipe baiana. Ele e os demais atletas participaram de uma atividade técnica, com início comandado pelo preparador Rogério Dias, que orientou uma série de exercícios específicos sem e com bola.
Depois, o técnico Renato Portaluppi dividiu a equipe em três grupos, para uma movimentação em meio gramado. Enquanto dois times se enfrentavam, o outro aguardava o comando para entrar.
Ainda em processo de recuperação de uma contusão, o volante Maicon correu ao redor do gramado, conduzindo a bola, ao passo que o lateral-esquerdo Bruno Cortez trabalhou com o fisioterapeuta Henrique Valente, em um circuito de condução com obstáculos.
Na sequência, o médico do clube, Márcio Bolzoni, falou sobre a situação de alguns atletas do Tricolor. O goleiro Marcelo Grohe, com dores na coluna cervical, repousará por alguns dias – “nada que preocupe”, segundo o Grêmio – e o mesmo vale para o lateral Edílson, com desconforto muscular e gripe. Ambos não enfrentam o Vitória.
Já o atacante Beto da Silva, com lesão de grau 1 no músculo adutor da coxa esquerda, e o lateral-esquerdo Marcelo Oliveira, também com um problema semelhante, ficam “de molho” por 15 dias.
Com as ausências de Cortez e Marcelo pelo lado esquerdo, o comandante do Tricolor explicou que utilizará outro atleta, de forma improvisada, mas que o nome escolhido será revelado apenas uma hora antes da partida, com a divulgação da escalação.
Crítica
O técnico Renato Portaluppi não escondeu o seu descontentamento pelo fato de o Grêmio ter que enfrentar o Vitória fora de casa, neste domingo, apesar de deter o mando de campo. Em entrevista coletiva, ele questionou a falta de autonomia do Tricolor nesse aspecto. “Eu acho um absurdo o Grêmio não mandar na Arena, na sua própria casa”, protestou.
“Eu não sou dono do Grêmio, mas na minha opinião é isso. Podia ser um jogo de alto risco, nunca se sabe o que pode acontecer. Graças a Deus que estamos no G-4 [do Brasileirão], mas imagina se estivéssemos brigando contra o rebaixamento, por exemplo. Iríamos jogar no interior do Estado. E não sabemos como vamos encontrar o gramado da Arena depois do show. Mas eu sou um simples treinador, não cabe a mim discutir isso”, acrescentou.
Pelo sistema de gestão da Arena (inaugurada há cinco anos), a administração do complexo esportivo não é totalmente exercida pelo Grêmio. O clube tem participação na empresa Arena Porto-Alegrense, que realiza todas as atividades do estádio em parceria com a empreiteira OAS, construtora do local. A direção do Mosqueteiro tenta obter a administração plena de seu estádio, mas a negociação com a OAS está paralisada.