Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de junho de 2020
Consideradas duas das mais importantes instituições de saúde da capital gaúcha, o HCPA (Hospital de Clínicas de Porto Alegre) e o GHC (Grupo Hospitalar Conceição) recebem, juntos, quase 60% dos pacientes atendidos na cidade com quadro grave de infecção por coronavírus. Ao todo, ambos respondem por mais de 120 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) – 51 no primeiro e 75 no segundo.
No início de abril, menos de um mês após a chegada da pandemia ao Rio Grande do Sul, o Clínicas e o Conceição deixaram de atender pacientes com sintomas leves de síndrome gripal. A medida teve por objetivo passaram a priorizar o atendimento a casos de alta complexidade e de estado crítico de saúde.
A recomedação da prefeitura, desde então: pacientes com sintomas gripais leves devem procurar preferencialmente unidades de saúde da Atenção Primária à Saúde e as unidades de turno estendido. Fora do horário de funcionamento destas, a indicação é de busquem pelas Upas (Unidades de Pronto-Atendimento) da cidade para uma avaliação inicial.
Os hospitais HPS (Pronto Socorro) e Cristo Redentor também não atendem pacientes com sintomas gripais, a fim de garantir o atendimento adequado aos pacientes em situações de maior urgência. Pacientes politraumatizados precisam do atendimento no Cristo Redentor e HPS, e o Hospital de Clínicas e do GHC são referências para casos mais graves, incluindo Covid-19.
Reunião
Por meio de videoconferência nesta segunda-feira (22), a equipe da SMS (Secretaria Municipal de Saúde) de Porto Alegre se reuniu com diretores dos principais hospitais públicos e privados da cidade, a fim de alinhar estratégias conjuntas de combate ao coronavírus. Na pauta, temas como a necessidade de manter o equilíbrio no atendimento, tanto para pacientes de Covid-19 quanto para os demais.
A ocupação de leitos de UTI e a grande circulação de pessoas nas ruas baseiam as restrições estabelecidas pelo Município. Para o titular da SMS, Pablo Stürmer, a complexidade do momento demanda a redução de procedimentos eletivos para que se possa dedicar maior estrutura aos atendimentos de coronavírus:
“É importante deixarmos para depois as questões de saúde que não forem cruciais. Estamos mantendo reuniões semanais com os hospitais para fazer ajustes pontuais necessários no sistema de saúde e seguimos avançando no plano de expansão de leitos”. São considerados eletivos os serviços com possibilidade de agendamento prévio e sem caráter emergencial.
Conforme secretário-adjunto de Saúde, Natan Katz, a troca de informações com os hospitais é fundamental e embasa as discussões do poder público e da sociedade para restringir ou flexibilizar o distanciamento:
“Pedimos aos gestores que continuem atentos à atualização dos dados para ampliarmos a precisão das ações. Temos nos valido das informações técnicas e científicas repassadas por eles para fundamentar nossa tomada de decisões com o objetivo de preservar a saúde dos porto-alegrenses”.
(Marcello Campos)