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Economia O IBGE aumentou a previsão da safra brasileira de grãos deste ano para o recorde de 247 milhões de toneladas

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Nesta sexta, as compras de barganha com base no cenário técnico garantiram a alta da soja, que foi negociada a US$ 13,96 por bushel. (Foto: Mônica Marli/Agência IBGE Notícias)

Diferente dos outros indicadores da economia que acumulam perdas em razão da pandemia de Covid-19, a safra nacional de grãos deve bater novo recorde e chegar a 247 milhões de toneladas em 2020, segundo a estimativa de abril do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta terça-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Isso corresponde a um aumento de 0,8% em relação à previsão de março e de 2,3% na comparação com a colheita de 2019, uma diferença de 5,5 milhões de toneladas.

De acordo com o analista Agropecuária do IBGE, Carlos Antônio Barradas, esse aumento na comparação anual deve-se, principalmente, ao crescimento da estimativa de 6,7% para a soja (mais 121 milhões de toneladas) e de 3,5% para o arroz (mais 10,6 milhões de toneladas).

O clima beneficiou bastante a soja, com a exceção do Rio Grande do Sul. Além disso, como os preços da soja estão bons, os produtores ampliaram a área de plantio”, disse o pesquisador. “Por outro lado, o Rio Grande do Sul teve uma boa safra de arroz, o que elevou as estimativas de produção para este ano”.

Barradas destaca ainda decréscimo de 3,4% na safra do milho (97,1 milhões de toneladas). “Principalmente no milho de segunda safra (-5,4%). No ano passado, o clima ajudou muito, houve uma janela de plantio maior. Neste ano a janela de plantio foi mais restrita”, disse o pesquisador, acrescentando que soja, arroz e milho representam 92,6% da estimativa da produção e 87,4% da área a ser colhida.

Já na comparação com o mês de março, a variação de 0,8% da safra resulta do crescimento das estimativas de colheita do trigo (mais 1,4 milhão de toneladas) e da soja (mais 322 mil toneladas), principalmente. A cevada (mais 42,6 mil toneladas) e a aveia (mais 64,8 mil toneladas), que integram junto com o milho os grãos de inverno, também subiram no comparativo mensal.

O aumento na cotação do dólar favoreceu o preço do trigo e, com isso, o produtor deve plantar uma área maior”, disse Barradas. “O mesmo aconteceu com a soja. A medida que foi colhendo o grão, o produtor se deparou com um rendimento um pouco melhor, o que resultou em alta de 0,3% na estimativa de colheita”.

Em 2020, o Mato Grosso deve seguir como maior produtor nacional de soja. O Estado deve responder por 28,7% do volume do grão a ser produzido no País, um volume estimado de 34,7 milhões de toneladas.

Já o Paraná, segundo maior produtor de soja, com o fechamento da colheita da primeira safra, revisou o rendimento médio da cultura, registrando decréscimo de 0,3%, o que impactou na redução de 61,2 mil toneladas de grãos, na comparação com a produção levantada no mês de março. Ainda assim, a produção deve alcançar 20,7 milhões de toneladas este ano, novo recorde para o Estado.

Em relação ao ano anterior, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina devem apresentar queda na produção anual de soja de 27,7% e 3,5%, respectivamente, em decorrência de uma forte estiagem nos primeiros meses do ano.

Na distribuição da produção pelas Unidades da Federação, o Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 27,9%, seguido pelo Paraná (16,7%), Rio Grande do Sul (11,4%), Goiás (10,4%), Mato Grosso do Sul (8,0%) e Minas Gerais (6,0%), que, somados, representaram 80,4% do total nacional. Com relação à participação das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (46,6%), Sul (30,8%), Sudeste (9,8%), Nordeste (8,5%) e Norte (4,3%). As informações são do IBGE.

 

 

 

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