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Armando Burd O inesperado

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"Não temos que temer uma solução militar, não haverá isso, os militares não querem, eles querem ajudar o País", disse Toffoli. (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Se restava algum explosivo para ser detonado até o final do ano, o ministro Marco Aurélio Mello acendeu o fósforo ontem. Seis horas depois, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, surgiu como bombeiro, derrubando a decisão de Mello. A soltura do ex-presidente Lula provocaria um incêndio político, sem precedentes, pela forte influência que sua prisão teve no recente processo eleitoral. Seria até levantada a tese de nova ida às urnas, para tumultuar.

Acontece

Em 2002, diante de uma liminar concedida por juiz de 1ª instância, que surpreendeu a todos no Estado, fui entrevistar um desembargador do Tribunal de Justiça para entender melhor o caso. Perguntei sobre o motivo que teria levado à decisão. Depois de 15 segundos, veio a resposta: “Reservadamente, digo que deve ter sido para aparecer…”. Surpreendido fiquei eu. No dia seguinte, o Tribunal anulou a liminar.

Perfil

Desde 1990, quando assumiu, o ministro Marco Aurélio Mello é o integrante do STF mais disponível para conceder entrevistas. Não movido pela vaidade, mas por entender que o Judiciário precisa prestar contas à sociedade e a Imprensa age corretamente ao buscar esclarecimentos.

Pronto atendimento

Como muitos outros jornalistas de todo o país, procurei inúmeras vezes o ministro Mello no horário de expediente. Estando fora do gabinete, a secretária anotava o nome e o telefone numa lista. Não foram poucas as ocasiões em que o ministro retornou a ligação após as 22 horas para a Redação, pedindo desculpas porque estava em uma reunião que tinha se prolongado. Começava então a dar as explicações pedidas.

Escorregou

Ontem, o ministro Mello olhou só para a situação de Lula. Precipitou-se, não percebendo que beneficiaria outros 169 mil presos, muitos dos quais fugiriam do país, assobiando para nunca mais voltar ao país. As férias forenses ajudarão Mello a se recuperar da interpretação equivocada, que levaria o país à beira do abismo.

Poucas horas de fama

O curioso: a iniciativa de pedir a liberação de Lula, depois revogada, foi do PC do B e não dos advogados do famoso e caro escritório de advocacia contratado pelo PT. Se tivesse andamento, os petistas teriam de erguer monumento aos comunistas.

Segue no negativo

O orçamento do governo federal foi aprovado ontem pelo Congresso Nacional, prevendo déficit de 139 bilhões de reais. Para começar. Como em anos anteriores, vai subir. O pior: quanto a investimentos, será o menor desde 2004. Significa que a máquina administrativa exige cada vez mais. Desafio que o futuro presidente Jair Bolsonaro pretende reavaliar.

Difícil acreditar

O teto de gastos da União em 2019 será de 1 trilhão e 400 bilhões de reais. O valor dos investimentos ficará em 155 bilhões e 800 milhões, sendo 119 bilhões para as estatais. Os demais órgãos receberão ridículos 36 bilhões e 200 milhões.

Lema: gastar sem limites

Quando faltavam 12 dias para 2016 terminar, o governo federal tinha pago 389 bilhões de reais de juros na rolagem da dívida pública. Ontem, às 22h, o Jurômetro estava em 449 bilhões de reais. Contagem iniciada a 1º de janeiro. Não esquecendo que, em dois anos, a taxa de juros caiu pela metade. Mesmo assim, não são poucos os que querem aumentar a dívida da União, que fechará este ano com 4 trilhões de reais. Em 2017, a dívida estava nos 3 trilhões e 550 milhões de reais. Qual o julgamento que farão as futuras gerações?

Grande momento

A solenidade de diplomação dos eleitos, ontem, teve destaques: 1º) o discurso do futuro governador Eduardo Leite. Elegante, não ficando apenas no sentido formal da palavra. Claro, objetivo, simples e reafirmando a necessidade de união para tirar o Estado da situação financeira mais difícil de sua história; 2º) o depoimento sincero do presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Jorge Luís Dall’Agnol, que relatou dificuldades provocadas por notícias falsas em relação às urnas eletrônicas; 3º) ao final, a apresentação da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, patrimônio que orgulha o Rio Grande do Sul.

No filtro

Com a cláusula de desempenho, chega ao fim a era dos partidos políticos com mais profetas do que seguidores.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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