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Por Redação O Sul | 27 de abril de 2021
O Japão montará grandes centros de vacinação em Tóquio e Osaka no fim de maio para acelerar a campanha de imunização contra a covid-19. O objetivo da medida é garantir que pelo menos os idosos estejam vacinados até o final de julho.
O secretário-chefe de gabinete, Katsunobu Kato, disse que o centro de vacinação em Tóquio será montado em um prédio do governo no dia 24 de maio. As Forças de Autodefesa enviarão médicos e enfermeiras para aplicar as doses por três meses. O mesmo ocorrerá em Osaka, mas detalhes ainda estão sendo definidos pelas autoridades.
Cada um dos centros será capaz de vacinar 10 mil pessoas por dia. Eles usarão a vacina da Moderna, que deve ser aprovada pelo Ministério da Saúde do Japão em maio. Até agora, o país só autorizou o uso do imunizante da Pfizer/BioNTech e avalia o da AstraZeneca/Oxford.
A lentidão da vacinação ameaça os Jogos Olímpicos, segundo epidemiologistas. A campanha do Japão começou em fevereiro e apenas 1% da população foi imunizada até agora. As vacinas começaram a ser distribuídas para os 36 milhões de idosos do país em meados de abril e apenas uma pequena parcela deles já foi vacinada.
O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, declarou estado de emergência em Tóquio, Osaka e duas regiões vizinhas. Bares, restaurantes, lojas de departamentos e outros estabelecimentos não essenciais terão de respeitar uma série de restrições. Os moradores dessas regiões deverão ficar em casa pelo menos até 11 de maio.
Este é o terceiro estado de emergência nacional em Tóquio, Osaka e duas áreas vizinhas para tentar conter as infecções faltando menos de 100 dias para os Jogos Olímpicos.
O país superou a marca de 10 mil mortes causadas pela doença. No total, desde o início da pandemia, as autoridades de saúde do Japão confirmaram mais de 570 mil casos da doença.
Variante indiana
O Japão intensificará os controles em seus aeroportos depois de autoridades de saúde detectarem uma variante da covid-19 descoberta na Índia em um voo que desembarcou no país. Segundo o governo japonês, apenas um dos 21 casos registrados entre os passageiros do voo não era da variante que, segundo especialistas, pode ser mais contagiosa.
O ministro-chefe de Gabinete do Japão informou que o país intensificará os controles de fronteira e analisará dados sobre variantes para evitar a disseminação das novas cepas.
Especialistas em saúde pública temem que a circulação da variante indiana possa agravar a situação da epidemia no Japão.