Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de agosto de 2017
O juiz federal Sérgio Moro aceitou denúncia contra o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine e outras cinco pessoas, nessa quinta-feira. Agora, todos eles são réus na Operação Lava Jato e respondem ao processo na Justiça Federal do Paraná.
A denúncia contra eles, feita pelo MPF (Ministério Público Federal), trata dos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e embaraço às investigações. Bendine foi preso em 27 de julho, na 42ª fase da Operação Lava-Jato, suspeito de receber R$ 3 milhões em propina do Grupo Odebrecht. Leia aqui a íntegra da denúncia contra Bendine.
Quando a denúncia foi feita, na terça-feira, a defesa de Aldemir Bendine disse que a atuação dele à frente do Banco do Brasil e da Petrobras se pautou pela legalidade e que vai demonstrar isso na ação penal com documentos e testemunhas.
João Mestieri, advogado de Álvaro José Novis, afirmou que o cliente dele também é delator da operação e que ele não é doleiro. “Ele fazia parte de um segmento de várias pessoas que recebiam uma data, um valor, uma senha e fazia o dinheiro sair daqui para ali”.
Denúncia
Segundo a força-tarefa da Lava-Jato, os crimes ocorreram de 2014 a 2017. Em 2015, Bendine deixou o Banco do Brasil com a missão de acabar com a corrupção na petroleira, alvo da Lava Jato. Mas, segundo delatores da Odebrecht, Bendine já cobrava propina no Banco do Brasil e continuou cobrando na Petrobras.
Na véspera de assumir a presidência da Petrobras, em 6 de fevereiro de 2015, Aldemir Bendine e um de seus operadores financeiros novamente solicitaram propina a Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, segundo o MPF.