Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 5 de maio de 2017
O juiz Sergio Moro voltou a defender, em um despacho da 40ª fase da Lava-Jato, a necessidade das prisões preventivas na operação. Na quinta-feira (04), foi deflagrada a fase Asfixia, na qual foram presas quatro pessoas, sendo duas de maneira preventiva (sem prazo determinado).
Na ordem de prisão, Moro lembrou alvos anteriores da Lava-Jato e afirmou que “apenas a prisão preventiva foi capaz de encerrar as suas carreiras delitivas”. Ele citou os casos dos operadores Alberto Youssef, Fernando Soares, Milton Pascowitch, entre outros.
“Em que pesem as críticas genéricas às prisões preventivas decretadas na assim denominada Operação Lava-Jato, cumpre reiterar que atualmente há somente sete presos provisórios sem julgamento”, escreveu.
Moro sustenta que as prisões, “embora drásticas”, serviram para parar a atividade do cartel das empreiteiras e “o pagamento sistemático pelas maiores empreiteiras do Brasil de propinas a agentes públicos, incluindo o desmantelamento do departamento de propinas de uma delas” – em referência à Odebrecht.
O despacho de Moro veio a público na quinta, mas já tinha sido assinado em abril, antes, portanto, de recentes decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) que liberaram presos da Lava-Jato. Na terça-feira (02), o STF autorizou que o ex-ministro José Dirceu, detido desde 2015, saísse da cadeia. (Folhapress)