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Brasil O médium João de Deus foi indiciado por violação sexual mediante fraude

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João de Deus pode pegar de 2 a 6 anos de prisão. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Polícia Civil indiciou, nesta quinta-feira (20), o médium João de Deus pelo crime de violação sexual mediante fraude cometida contra uma mulher que buscou atendimento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, cidade goiana do Entorno do Distrito Federal. Também nesta tarde, a defesa do médium entrou com pedido de liberdade no STF (Supremo Tribunal Federal).

O inquérito concluído se trata, até esta tarde, do relato mais recente de abuso sexual contra o médium. Conforme a vítima, de 39 anos, o crime aconteceu em 24 de outubro deste ano.

Na denúncia, a mulher afirma que, quando notou o pênis de João de Deus para fora da calça, disse ao médium que tinha reparado o membro exposto. Em seguida, ele interrompeu a sessão. Ainda conforme a vítima, o médium pediu a ela que não contasse sobre o atendimento.

Caso seja condenado, João de Deus pode pegar de 2 a 6 anos de prisão. Ele nega os crimes.

Primeiro inquérito

O primeiro inquérito da Polícia Civil de Goiás contra João de Deus pode ser o único. De acordo com a corporação, os demais casos registrados são antigos e podem ter prescrito.

O médium teve a prisão decretada no dia 14 de dezembro a pedido da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO). Dois dias depois, no domingo, ele se entregou aos policiais em uma estrada de terra em Abadiânia, cidade goiana do Entorno do Distrito Federal onde ele atendia.

A imprensa tem publicado nos últimos dias relatos de dezenas de mulheres que se sentiram abusadas sexualmente pelo médium. Os casos vieram à tona no programa Conversa com Bial de 7 de dezembro. Não se trata de questionar os métodos de cura de João de Deus ou a fé de milhares de pessoas que o procuram.

Situação atual

Médium é investigado por estupro, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. O Ministério Público recebeu 506 relatos de abusos sexuais.

A Polícia Civil colheu depoimentos de outras 15 mulheres e aguarda ouvir mais uma. Um dos casos já resultou em inquérito. Há relatos de supostas vítimas de seis países e vários Estados brasileiros. MP e polícia também querem apurar denúncia de lavagem de dinheiro. Não há pedido para suspensão do funcionamento da Casa Dom Inácio de Loyola.

Supremo

O habeas corpus encaminhado ao STF foi sorteado para relatoria do ministro Gilmar Mendes, mas devido ao recesso do Judiciário, iniciado às 15h de quarta-feira (19), o processo foi encaminhado para o gabinete do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, responsável pelo plantão.

Na quarta-feira, (19), o ministro Nefi Cordeiro, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), negou seguimento a um habeas corpus impetrado pelo advogado Alberto Toron, que representa o médium. O magistrado negou seguimento ao HC, argumentando supressão de instâncias, uma vez que um pedido de liberdade ainda está pendente de julgamento na primeira instância.

A prisão preventiva foi decretada pela Justiça de Goiás com base em 15 denúncias já formalizadas em Goiânia, todas por crimes sexuais. O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) negou uma liminar para soltar o médium, mas ainda não julgou o mérito do habeas corpus impetrado na primeira instância.

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O Superior Tribunal de Justiça rejeitou o pedido de habeas corpus para o médium João de Deus
https://www.osul.com.br/o-medium-joao-de-deus-foi-indiciado-por-violacao-sexual-mediante-fraude-a-sua-defesa-entrou-com-pedido-de-liberdade-ao-supremo/ O médium João de Deus foi indiciado por violação sexual mediante fraude 2018-12-20
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