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Economia O mês de janeiro registrou o quarto recorde de carga de energia em meio ao forte calor, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico

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Na foto, o Centro Regional Norte/Centro-Oeste do Operador Nacional do Sistema Elétrico, em Brasília. (Foto: Divulgação)

A carga de energia elétrica no Brasil teve nova máxima nesta quarta-feira (23), no quarto recorde consecutivo registrado apenas em janeiro, diante das altas temperaturas, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em nota. As informações são da agência de notícias Reuters.

Puxada pelo calor, que aumenta o uso de aparelhos de ar condicionado, a carga máxima no sistema interligado do país registrou na tarde desta quarta-feira a marca de 89.114 megawatts, ante 87.489 MW na véspera.

Ainda houve novo recorde de carga também no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, com pico de 53.143 megawatts nesta quarta-feira, em comparação com recorde anterior de 52.771 megawatts também na terça-feira.

O ONS já havia registrados recordes de demanda nos dias 15 e 16 de janeiro, quando foram quebradas marcas registradas em 2014, antes de o país enfrentar uma recessão que reduziu o consumo de eletricidade.

O ONS pontuou ainda que está operando o sistema com algumas restrições, devido às indisponibilidades da usina nuclear de Angra 2 e dos polos 1 e 3 do linhão do Madeira, que limita em 50 por cento o escoamento da energia das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia.

Em função disso, o ONS explicou que foi necessário importar 1.200 megawatts da Argentina e 400 megawatts do Uruguai para atender os momentos de pico de demanda.

“Cabe destacar que não houve interrupção no fornecimento de energia. O ONS e os agentes estão trabalhando para resolver as indisponibilidades do sistema”, ressaltou em nota o órgão do setor elétrico.

Mercado livre de energia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) iniciou processo para discutir novos limites máximo e mínimo para o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), que é utilizado no mercado spot da eletricidade e influencia preços no mercado livre de energia, onde grandes consumidores negociam contratos com fornecedores.

A mudança em avaliação no preço spot, que é calculado por modelos matemáticos com base em projeções sobre chuvas na região das hidrelétricas, demanda por energia e outros dados, entraria em vigor “não antes de 2020”, disse a Aneel em nota à Reuters.

O preço spot pode variar atualmente de um piso de 42,35 reais até um teto de 513,89 reais por megawatt-hora, mas esse intervalo chegou a ser bem maior no passado. Até 2014, última vez em que a agência reguladora discutiu os limites inferiores e superiores para o PLD, o patamar mínimo era de cerca de 15 reais e o máximo de 822,83 reais.

A discussão é importante porque tem implicação direta no nível de risco assumido pelas empresas que atuam no mercado de energia e pelos consumidores que atuam no mercado livre, disse o professor de Economia da Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Adilson Oliveira.

Isso porque o PLD é pago tanto por consumidores livres que usam mais eletricidade do que contrataram quanto por geradores que não produziram tanto quanto venderam e precisam comprar energia no mercado spot para atender compromissos comerciais.

“Essa é uma discussão teórica, mas que tem efeitos econômicos diretos sobre o bolso. Tem gente que vai perder e que vai ganhar. Então o que a Aneel está propondo é uma tentativa de encontrar níveis que gerem o mínimo de tensão possível, um preço que seja confortável para todo mundo. Não é fácil chegar a um consenso”, explicou Oliveira.

O PLD tende a disparar quando há falta de chuva nos lagos das hidrelétricas, principal fonte de energia no Brasil, mas ele também pode cair para o mínimo em caso de ampla oferta.

A variação dos preços visa incentivar geradores que não venderam toda sua produção em contratos de longo prazo a aumentar ou reduzir a oferta de energia no curto prazo, de acordo com a escassez ou sobra no sistema.

“A questão do preço teto do PLD acaba influenciando a expansão, a decisão de risco, o nível de contratação. Todo mundo que toma decisão no setor elétrico de forma direta ou indireta está sujeito ao PLD”, apontou o sócio-diretor da comercializadora de energia True, Gustavo Arfux.

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