Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 28 de novembro de 2017
O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, anunciou nesta terça-feira (28) um aporte de R$ 8 milhões para o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro.
Segundo o Ministério da Cultura, o dinheiro virá da Caixa Econômica Federal, por meio de patrocínio pela Lei Rouanet, de incentivo à cultura, cujo objetivo é promover as expressões culturais nacionais por meio de incentivos fiscais.
Para ter acesso aos recursos, as escolas terão de apresentar projetos que atendam aos requisitos exigidos pela lei. Somente após a aprovação dos projetos, pelo Ministério da Cultura, o dinheiro será liberado pela Caixa. “O dinheiro chegará com boa antecedência”, afirmou o ministro.
De acordo com a assessoria do ministério, a Liesa (Liga das Escolas de Samba do Rio) já apresentou uma proposta, mas que não atendeu às exigências da lei e terá de ser retificada.
Em junho, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, anunciou o corte de metade dos R$ 26 milhões que seriam destinados para o carnaval. Na ocasião, ele disse que pretendia usar o dinheiro para pagar creches conveniadas com o município. Durante o anúncio, falou em austeridade e sacrifício e que contava com o esforço e a contribuição do carnaval.
O ministro argumentou que apesar do momento econômico, em que o País “começa a sair da crise”, o governo federal entendeu a importância de apoiar o carnaval do Rio.
Sérgio Sá Leitão afirmou que o carnaval do Rio injeta R$ 2 bilhões na economia da cidade e do Estado, fomentando diversas atividades – hotéis, bares, restaurantes. “Irriga a economia como um todo, chegando a muita gente”, disse.
Segundo o ministro, o governo federal entendeu que ajudar o Rio a sair da crise era uma maneira de ajudar o Brasil uma vez que o Rio é porta de entrada do turismo no País. “O que acontece no Rio repercute no resto do País”, observou Leitão.
Verba cortada
Em junho, o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, informou que o corte de metade na verba da prefeitura para o carnaval inviabilizaria o desfile.
“Diante das dificuldades que as escolas atravessam e das circunstâncias apresentadas pelo prefeito, as escolas chegaram a uma conclusão de que com essa redução de 50% da receita de apoio à preparação e produção do carnaval, fica inviabilizada a apresentação das escolas”, afirmou Castanheira na ocasião.
No fim de julho, os principais dirigentes das escolas de samba e o presidente da Liesa buscaram apoio do presidente Michel Temer. Nessa conversa,o presidente teria garantido R$ 13 milhões à festa, segundo os participantes do encontro.