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Mundo O ministro da Defesa da Argentina acusa um grupo de militares reformados de conspirar contra o governo

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Rossi alertou ainda para a utilização de recursos estatais. (Foto: Ministério da Defesa)

O ministro argentino da Defesa, Agustín Rossi, acusou nesta quinta-feira (12), militares reformados das Forças Armadas, da Segurança e policiais que formaram uma “mesa de reunião”, de se organizar para “conspirar e desestabilizar” o governo do presidente Alberto Fernández. Além de ressaltar o pano de fundo político do surgimento do grupo, Rossi alertou ainda para a utilização de recursos estatais.

O grupo de militares reformados, formado pela primeira vez desde a recuperação da democracia, em 1983, foi apresentado na quarta (11). Entre os objetivos da autodenominada Mesa Geral de Libertação San Martín, apresentados em manifesto, estão a participação no debate público sobre a “problemática da Defesa Nacional e a Segurança Pública”.

“É um ato absolutamente inédito na vida democrática do país. A apresentação de uma mesa de reunião é para disputar a liderança militar. Eles se apresentam como uma alternativa à liderança militar oficial, que são os chefes das Forças Armadas designados pelo comandante-em-chefe, que é o presidente da Nação”, alertou o ministro, que não tem cargo militar.  “Claramente é uma ação que busca conspirar, desestabilizar e tenta questionar o papel da política de defesa levada adiante pelo governo.”

O grupo de ex-fardados divulgou na quarta uma foto tirada no terraço da sede da Sociedade Militar de Seguros de Vida (SMSV), com 120 mil associados, a grande maioria  militares reformados. Os promotores da iniciativa são o general reformado Ernesto Bossi, ex-presidente da SMSV, e seu sucessor no cargo, o general Daniel Reimundes, também fora da ativa.

“Bossi é um conspirador nato, já foi denunciado em 2004, durante o governo de Néstor Kirchner e antes, depois de se aposentar do Exército, quando participou do Serviço de Inteligência do Estado, em 2000”, reforçou o ministro.

O militar aposentado rejeitou as acusações em entrevista ao jornal Clarín.

“Desde o início sabemos que uma ideia como a nossa sempre gera desconfiança. Mas há uma mudança de atitude, não desperdiçamos energia nos defendendo de acusações que não têm fundamento. Não fazemos parte de nenhuma conspiração, nem  a incentivamos”, disse. “Para nós, o respeito à Constituição e a todo o marco legal está fora de questão.”

Estela Carlotto, presidente da organização de defesa dos direitos humanos Avós da Praça de Maio, também se declarou “preocupada e indignada” com a iniciativa, em um país onde a última ditadura (1976-83) deixou 30 mil desaparecidos, segundo organizações humanitárias.

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