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Por Redação O Sul | 27 de julho de 2019
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou em uma palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro que pretende acelerar o processo de privatização e defendeu o presidente Jair Bolsonaro, a quem classificou como “homem de princípios”.
“Acredito no presidente, é um homem de coragem, de determinação e de princípios morais”, disse o ministro, que prometeu reduzir juros para sobrar dinheiro para programas sociais. “Vamos baixar os juros da dívida. Algumas estatais viraram foco de aparelhamento, não investem e não deixam o setor privado investir. Vamos reduzir essa dívida, gastar 250 em vez de 400 e vai sobrar dinheiro para saúde e para o povo”, disse Guedes.
Ele palestrou para membros da associação e empresários. O governador Wilson Witzel compareceu ao evento. Com as privatizações, Guedes pretende gerar recursos humanos qualificados e também minimizar as despesas do estado com juros.
“A democracia pediu isso [pelas privatizações], para o setor privado fazer a estrutura pelos próximos 30 anos e para ter saneamento. Investir no trabalhador e não fazer estádio. Não tem time em cidade com estádio para 60 mil pessoas”, continuou Guedes.
No começo de seu discurso, Guedes apontou que “tudo vai dar certo” e que a reforma da previdência vai fazer a economia responder. O ministro também falou que espera que o congresso faça a sua parte em e apoie o governo.
“Não tem graça gastar 45% do PIB [Produto Interno Bruto] com privilégios previdenciários, pagamento de juros e máquina pública inchada. Vamos acabar com isso enquanto preparamos as privatizações”, disse o ministro.
Após a palestra, que durou mais de 1 hora, o ministro pediu para não falar com a imprensa sobre os saques no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) anunciados pelo governo nesta semana, pois o anúncio ainda é muito recente.
Guedes foi almoçar ainda com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), no centro da cidade. O ministro da Economia se encontrou com a presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) Susana Guerra para discutir a modernização da instituição.
Guedes teve ainda um encontro com o presidente do conselho de administração da Ultrapar, Pedro Wongtschowshi. Na sequência, o ministro seguiu para o Ministério da Economia, onde teve audiência com o diretor da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Aloisio Araújo para discutir a reforma microeconômica.