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Política O ministro da Economia mostrou o seu desagrado com Carlos Bolsonaro pelas críticas ao presidente da Câmara dos Deputados

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, evitou comentar diretamente as declarações mais recentes do vereador Carlos Bolsonaro. (Foto: Washington Costa/MDIC)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, evitou comentar diretamente as declarações mais recentes do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), mas mostrou seu desagrado com as atitudes do filho do presidente. Carlos postou nas redes mensagem com críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), por adiar a tramitação do projeto anticrime apresentado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, ao Congresso. Em reação, Maia avisou Guedes que deixaria a articulação política da reforma da Previdência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

“Eu boto apenas o espelho e pergunto: O que você acha? Você acha que o filho do presidente deve ficar atacando o presidente da Câmara dos Deputados? Você acha que isso ajuda?”, disse Guedes, ao ser questionado por jornalistas após discursar na cerimônia de posse da nova titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Solange Paiva Vieira, ontem no Rio de Janeiro.

No discurso, dirigido a uma plateia formada por servidores da Susep e pelos principais nomes da equipe econômica, Guedes também tocou indiretamente na troca de farpas entre Maia e o governo Bolsonaro. “Não se assustem quando virem que, aparentemente, os agentes econômicos não estão se entendendo com o governo ou que os agentes públicos não estão se entendendo entre si. São dores do parto de uma democracia emergente. Isso não deve nos assustar”, disse.

Queda de braço

Em mais um capítulo da queda de braço entre Congresso e Executivo, Rodrigo Maia não poupou o ministro da Economia, Paulo Guedes, a quem ele havia chamado, em entrevista publicada neste sábado pelo jornal O Estado de S. Paulo, de “uma ilha entre seus pares”. Após almoço com o governador de São Paulo, João Doria, na residência do tucano, Maia disse em coletiva de imprensa que Guedes tenta intervir na escolha do relator da reforma da Previdência. “A atuação de Guedes mostra que a reforma não é tão independente (do Planalto).”

O ataque a Guedes tinha outro alvo: o presidente da República, Jair Bolsonaro. Ao mesmo tempo em que Maia dava a coletiva na capital paulistana, o capitão da reserva falava com a imprensa no Chile, antes de embarcar para o Brasil, depois de sua viagem oficial àquele país. E os ataques foram mútuos. No Chile, Bolsonaro disse não entender por que o presidente da Câmara estava tão agressivo com ele.

Rodrigo Maia não quis comentar as críticas que Bolsonaro fez na coletiva de imprensa que concedeu no Chile. Contudo, disse crer em “uma distorção na fala do presidente”, quando ele se referiu ao seu suposto “tom agressivo”.

“Não uso redes sociais para agredir ninguém, uso para informar os eleitores. Farei sempre a defesa do respeito institucional, como líder da Câmara dos Deputados”, enfatizou.

Também neste sábado, Bolsonaro havia declarado que ainda há atritos na Câmara porque alguns deputados ainda estão apegados ao que chama de velha política. Parlamentar veterano, Maia afirmou, por sua vez, que quer construir a “nova política”, pois foi reeleito e possui mais um mandato na Casa.

Questionado quanto a quem pertence a responsabilidade de articulação pela reforma da Previdência, Maia afirmou que o parlamento vai permanecer como um ponto de diálogo e a reforma será debatida democraticamente. “É assim que a democracia funciona”, acrescentou.Após a agenda da Previdência, Maia diz que seu foco será a reforma tributária.

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