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Política O ministro da Educação se nega a responder a perguntas da Polícia Federal sobre racismo e entrega depoimento por escrito

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Ministro da Educação solicitou uma complementação de R$ 6,9 bilhões ao limite previsto para 2021. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, compareceu à sede da Polícia Federal (PF) na tarde desta quinta-feira (4) para prestar depoimento sobre a acusação de racismo em uma manifestação sobre chineses, mas se negou a responder às perguntas da PF e entregou suas declarações por escrito.

O inquérito tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Celso de Mello, e foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A defesa tentou suspender junto ao STF a realização do depoimento, mas não obteve sucesso. Com isso, Weintraub teve que comparecer pessoalmente à PF nesta quinta.

No início do mês, em meio à pandemia do novo coronavírus, Weintraub publicou em seu Twitter um post satirizando o modo de falar dos chineses, que provocou dura reação da embaixada da China no Brasil. O ministro da Educação insinuou que os chineses poderiam se beneficiar da crise decorrente do coronavírus e chegou a usar a forma de o personagem Cebolinha, de Maurício de Sousa, falar trocando o “R” pelo “L”, em uma referência ao sotaque de chineses que falam português. O embaixador da China, Yang Wanming, chamou Weintraub de racista e o ministro apagou a publicação.

Em uma rede social, Weintraub fez nesta quinta uma postagem defendendo sua “liberdade de expressão”, horas antes de ter que ir à PF prestar depoimento. “Enriquecimento ilícito, servidor público bilionário e roubar o dinheiro do cidadão, do pagador de impostos, deveria ser o principal crime a constar na Lei de Segurança Nacional. A LIBERDADE de expressão não pode ser violada, sob nenhum pretexto”, escreveu o ministro. Weintraub também já havia afirmado que não foi racista nessas declarações.

A prática de ato considerado como preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional é punível com reclusão de um a três anos e multa, de acordo com o artigo 20 da lei 7.716/1989. Um agravante, o fato de realizar esse ato usando publicações em meios de comunicação, torna o crime punível com reclusão de dois a cinco anos.

Após o depoimento, Weintraub também fez uma manifestação em rede social dizendo que foi “muito bem recebido” pelo novo diretor-geral da PF Rolando Alexandre de Souza, escolhido por Bolsonaro após a saída do diretor Maurício Valeixo, que era nome de confiança do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. “Prestei depoimento à PF, em respeito à polícia. Fui muito bem recebido pelo diretor-geral Rolando e por toda sua equipe. Agradeço especialmente a você, que me apoia na luta pela liberdade”, escreveu.

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