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Brasil O ministro da Fazenda nega que Lula tenha interferido no Banco Central

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Meirelles disse que não lembra se chegou a conversar com Lula sobre o tema. (Foto: Folhapress)

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, negou nesta quarta-feira (21), em depoimento por videoconferência ao juiz Sérgio Moro, que o ex-presidente Lula tenha interferido nas políticas de regulação e fiscalização do BC (Banco Central).

Meirelles foi presidente da autoridade monetária no período entre 2003 e 2011, e foi chamado para depor como testemunha pela defesa de Lula no processo que investiga se o ex-presidente recebeu um apartamento vizinho ao que mora hoje e um terreno para sediar o Instituto Lula.

Questionado pela defesa sobre se Lula interferiu em regras instituídas pelo BC na sua gestão para prevenção de crimes de lavagem de dinheiro, o ministro negou. “Em 2005, 2006 saíram normas estabelecendo que deviam ser comunicados ao Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras] movimentos atípicos, além de comprovação de origem de recursos. Foram editadas normas durante esse período como é prerrogativa do BC”, afirmou.

Meirelles disse não lembra se chegou a conversar com Lula sobre o tema. “Não me lembro sequer de ter conversado sobre isso com ele, mas certamente não houve interferência”, disse o ministro da Fazenda.

Nesta semana, a defesa do ex-presidente entregou as alegações finais em um outro processo que investiga a entrega de um apartamento tríplex a ele por meio da OAS. A ação está disponível para sentença de Moro. Já Lula chamou a acusação dos procuradores de “piada” e disse que não teme ser preso.

Outras testemunhas

O General Marco Edson Gonçalves Dias, ex-chefe de segurança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também foi ouvido na manhã desta quarta. Atualmente aposentado, Dias atuou na segurança da Presidência da República durante os dois mandatos de Lula e tinha contato diário com o ex-presidente.

À defesa de Lula, Dias negou ter presenciado qualquer fato ilícito cometido pelo ex-presidente.

Moro perguntou sobre o apartamento vizinho ao de Lula, no prédio em que ele mora em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Dias contou que foi responsável por um diagnóstico da segurança da residência, assim que assumiu a função e que o apartamento estava vazio à época.

Após a avaliação, o imóvel foi locado pela Secretaria de Administração para abrigar a equipe de segurança.

Ainda de acordo com a testemunha, como havia muita movimentação de seguranças no prédio, posteriormente, uma casa foi alugada perto do prédio para abrigar as equipes. O apartamento passou, então, a ser usado para receber visitas de Lula.

Dias informou que não sabe o que aconteceu com o apartamento após o fim do mandato.

A defesa de Lula desistiu de três testemunhas que estavam presentes na audiência: José Orcírio Miranda dos Santos, que é o Deputado Federal Zeca do PT, e o brigadeiro Rui Chagas Mesquita.

O processo

Segundo a denúncia do MPF (Ministério Público Federal), a Construtora Norberto Odebrecht pagou propina a Lula via aquisição do imóvel onde seria construída nova sede do Instituto Lula, em São Paulo. O valor, até novembro de 2012, foi de 12.422.000 reais, afirmam os procuradores.

Conforme a força-tarefa da Lava-Jato, o valor consta em anotações de Marcelo Odebrecht, planilhas apreendidas durante as investigações e dados obtidos a partir de quebra de sigilo.

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https://www.osul.com.br/o-ministro-da-fazenda-nega-que-lula-tenha-interferido-no-banco-central/ O ministro da Fazenda nega que Lula tenha interferido no Banco Central 2017-06-21
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