Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 11 de janeiro de 2019
O ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, acompanhará o presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), e deverá dizer que o combate à corrupção atende a uma questão ética e também econômica: contribui para melhorar o ambiente de negócios no Brasil.
O encontro, na Suíça, acontecerá entre os dias 22 e 25 deste mês e reunirá cerca de 250 autoridades do G20 (grupo que reúne as 20 principais economias do mundo) e de outros países. O tema do fórum será “Globalização 4.0: Moldando uma arquitetura global na era da quarta revolução industrial”.
Participação de Moro
Moro falará no fórum sobre as três prioridades da gestão dele à frente do ministério: combate à corrupção, ao crime organizado e aos crimes de violência. A presença do ministro em Davos faz parte da estratégia do governo de melhorar a imagem do País no exterior. A mensagem que o governo quer passar é que o País está na vanguarda do combate à corrupção.
O combate ao crime organizado e aos crimes violentos também têm sua vertente econômica: investimentos externos deixam de ser realizados pelo clima de insegurança nas principais cidades do País.
A indústria de turismo, grande geradora de emprego, também sofre com a violência, pois afasta o turista estrangeiro. Um exemplo do momento é Fortaleza (CE): o número de visitantes diminuiu com a onda de ataques dos últimos dias.
Segurança
O presidente Jair Bolsonaro determinou na terça-feira (08) que a PF (Polícia Federal) tome providências para ampliar a segurança pessoal de Sérgio Moro. A informação consta em despacho assinado por Bolsonaro e publicado em edição extra do DOU (Diário Oficial da União).
“Diante de informações sobre situações de risco decorrentes do exercício do cargo de titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública, determino à Polícia Federal providências no sentido de garantir, diretamente ou por meio de articulação com os órgãos de segurança pública dos entes federativos, a segurança pessoal do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública e de seus familiares”, diz o texto.
À época em que atuava como juiz da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, Moro já teve sua segurança reforçada pela PF após sofrer ameaças pelas redes sociais. Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro se comparou ao então juiz para justificar que não poderia ir aos debates presidenciais. Por diversas vezes, ele disse que Moro havia se tornado prisioneiro por atuar como magistrado que mandou prender políticos e empresários no âmbito da Lava-Jato.
“Eu não pertenço mais a mim mesmo. Hoje em dia eu e o Sérgio Moro não temos mais liberdade no Brasil. Nós não podemos ir a uma padaria comprar um pão, ir à praia com nossos filhos, perdemos completamente a liberdade. É um jogo de poder. A esquerda fará tudo para me tirar de combate”, afirmou o presidente em outubro, durante a campanha.