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Saúde O ministro da Saúde disse que o fechamento de uma cidade pode ser usado conforme os casos progridam nos Estados

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Atualmente, órgãos de saúde só recomendam o uso por profissionais da saúde e por pessoas que estão com sintomas. (Foto: Divulgação)

Integrantes do Ministério da Saúde organizam um movimento de resistência contra as tentativas do presidente Jair Bolsonaro de afrouxar as medidas de isolamento para combate ao novo coronavírus. Na contramão do discurso de Bolsonaro, técnicos da pasta fizeram um documento de recomendações para os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) de todo o País no qual projetam, a partir de 6 de abril, o fechamento de escolas e universidades, distanciamento social no ambiente de trabalho e proibição de eventos com aglomeração, como jogos de futebol. Medidas mais restritivas seriam adotadas em abril, maio e junho. No sábado, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que o “lockdown”, o fechamento de uma cidade, pode ser usado conforme os casos progridam nos Estados.

A única medida que ele descartou foi o fechamento total do território brasileiro. Na visão dele, esse último caso não seria positivo.

O ministro evitou se comprometer ao modelo de isolamento horizontal, defendido pelas entidades da área da saúde, ou vertical, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada. “Não existe quarentena vertical, não existe quarentena horizontal, não existe nada disso. Existe a necessidade de arbitrar num determinado tempo qual grau de retenção que uma sociedade precisa fazer”, afirmou, referindo-se ao combate à pandemia.

Mandetta fez um apelo para que governadores e prefeitos não tomem atitudes intempestivas e defendeu que precisa haver coordenação e ação nacional. “Agora é preciso coordenar a ação nacional. Precisa sentar e organizar. Aqueles que pensarem localmente e não tiverem cabeça e visão para ver o mundo, terão dificuldades”, disse.

O ministro afirmou ainda que a partir desta semana o sistema de saúde contará com testes rápidos e com o uso da telemedicina, para que o atendimento seja feito na casa do paciente. Mandetta informou que ficará a frente da pasta, que coordena as medidas para combate do novo coronavírus no País até que Bolsonaro permita. Ele já havia dito isso depois de o presidente comentar que a quarentena precisava ser revista.

No documento, há um balanço de todas as medidas adotadas pelo governo em relação ao novo coronavírus até a última sexta-feira, com previsão do governo ter que criar mais 20 mil leitos de internação para atender a demanda dos infectados no próximo mês. A previsão é de haver necessidade de 40 mil leitos até 30 de abril. Como revelou o Estadão/Broadcast, a necessidade ocorreria no pior cenário previsto para o período.

No plano de ação da quarentena, a ser executado nos próximos três meses, há a previsão da contratação de trabalhadores informais serem contratados como promotores de saúde durante a resposta à covid-19. A ideia é que eles orientem as pessoas na rua, identifiquem idosos que estão fora do isolamento para enviá-los para casa, além de atuarem na limpeza de superfícies.

Outras medidas incluem a proibição de qualquer evento de aglomeração (shows, cultos, futebol, cinema e teatros). Na sexta-feira, durante entrevista ao Programa Brasil Urgente, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a realização de jogos de futebol em estádios com público reduzido para 10% da capacidade. Há, ainda, previsão de redução em 50% da capacidade instalada em bares e restaurantes.

O documento traz medidas mais restritivas do que as que vinham sendo passadas pelo Ministério da Saúde oficialmente até agora. Apesar disso, Estados e Municípios saíram na frente decretando cancelamento de aulas e eventos com aglomerações. A leitura no Ministério da Saúde é que houve excessos em muitos casos, mas a partir de 6 de abril já seria a data ideal para implantar as medidas. As informações são dos jornais O Estado de S.Paulo e O Dia.

 

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