Domingo, 27 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 2 de outubro de 2020
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que 30 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a AstraZeneca, estarão disponíveis no País a partir de janeiro.
A nova data é um adiamento do cronograma inicial, que previa a chegada da primeira metade de unidades ainda em dezembro e a segunda no primeiro mês de 2021.
Em entrevista à CNN Brasil, o ministro destacou que mesmo com a entrega, o processo de imunização depende do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Uma vez aprovada a vacina com registros internacionais, cabe à Anvisa certificar no Brasil. Quanto à velocidade da certificação e aceleração de fases, eu não tenho essa posição hoje, que é específica da Anvisa. Assim que tivermos a vacina e a autorização, começamos a vacinar”, disse Pazuello.
Segundo Mendes, a análise do registro da vacina da Universidade Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, o primeiro desse tipo no País, deve durar até 60 dias. Em situações normais, esse período é de um ano. Entretanto, ele pontuou que um prazo menor não interfere na qualidade da avaliação. “A iniciativa de otimizar os processos administrativos não significa a redução dos critérios técnicos, que são baseados em três pilares: segurança, qualidade e eficácia”, disse em entrevista à rádio CBN nesta sexta.
Sobre a distribuição da vacina após a aprovação pelo órgão, Pazuello reiterou que a imunização estará disponível para toda a população por meio do Sistema Único de Saúde.
“É importante deixar claro que todas as vacinas que o SUS adquirir fazem parte do PNI (Programa Nacional de Imunização). Por isso, serão para todos os brasileiros”, afirmou o ministro da Saúde.
Vacina chinesa
O governo de São Paulo anunciou nesta sexta que registrou a vacina Coronavac na Anvisa. Os documentos disponíveis foram enviados pelo Instituto Butantan por meio de uma plataforma oferecida pelo órgão.
De acordo com Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, a Anvisa publicou uma normativa técnica que facilita o fluxo de documentos para registro de novas vacinas no País. Na prática, os documentos poderão ser enviados conforme forem gerados. “Isso tem o objetivo de facilitar a análise dos técnicos e permitir que não haja atraso nesse processo que é tão importante para nós”, finalizou Covas.
Na quarta-feira (30), o governo já havia formalizado a assinatura de um contrato de parceria com a Biofarmacêutica Sinovac.
O contrato, além de garantir o fornecimento de 46 milhões de doses da vacina contra a covid- 19, também estabelece trocas de tecnologia entre a farmacêutica e o Instituto Butantan para produção local do remédio. No acordo, 6 milhões de doses virão prontas da China e as outras 40 milhões serão produzidas em São Paulo.