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Mundo O ministro do Turismo da Malásia disse que não há gays no país

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Datuk Mohammaddin bin Ketapi é o ministro do Turismo. (Foto: Reprodução)

A Malásia se vê diante de uma potencial reação de grupos LGBT após o ministro do Turismo do país de maioria muçulmana, Datuk Mohammaddin bin Ketapi, afirmar que não existem gays no país.

Repórteres perguntaram ao ministro na última terça-feira (5), um dia antes da abertura para o público da maior feira de turismo do mundo, a ITB Berlin, se o país era seguro para turistas gays e judeus.

Após se esquivar inicialmente da pergunta, sob o argumento de que aquele não era o fórum adequado para isso, ele foi novamente questionado se os gays são bem-vindos e respondeu: “Eu não acho que temos algo assim no nosso país.”

A Malásia é o país parceiro da edição de 2019 da feira realizada na capital da Alemanha, na qual cerca de 10 mil expositores de 181 países e regiões estão representados. O país asiático tem a meta de receber 30 milhões de visitantes em 2019.

Apesar dos esforços de autoridades malaias para minimizar o incidente, a declaração de Ketapi pode inviabilizar as tentativas de atrair mais turistas para o país. Os comentários foram feitos após seu discurso sobre as belezas naturais e a natureza acolhedora do país.

Na cerimônia de abertura da feira, o prefeito de Berlim, Michael Müller, adotou então um tom conciliador, ressaltando a abertura e a tolerância da capital alemã como local para uma feira comercial e destino de viagem.

A Malásia vem enfrentando muitas críticas sobre suas atitudes em relação a certos grupos, inclusive do ambientalista e político do Partido Verde alemão Volker Beck, que acusou o governo do país asiático de ter políticas contra homossexuais e judeus.

Ministros do país do Sudeste Asiático deram outras declarações depreciativas sobre pessoas LGBT no passado, entre elas uma recomendação aos gays de que mantivessem suas identidades em segredo.

O primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, já afirmou que a homossexualidade é parte dos “valores ocidentais”. E completou: “Não nos force a isso.”

Em janeiro, o governo da Malásia anunciou que não vai permitir a participação de israelenses em eventos esportivos no país, em resposta à “contínua opressão israelense ao povo palestino”.

Em setembro, duas mulheres foram acusadas de fazer sexo lésbico. Um mês depois, o vice-primeiro ministro do país, Ahmad Zahid Hamidi, disse que o tsunami que atingiu o sul da Malásia ano passado foi uma punição por causa de LGBT.

O primeiro-ministro, Mahathir Mohamad, disse, em 2018, que o país não pode aceitar os direitos LGBT, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, porque isso constituem “valores ocidentais” que a Malásia não pode
tolerar.

No ano passado, após a eleição de um novo governo, era dito que o país havia se tornado “uma nova Malásia”. A expectativa é  receber 30 milhões de turistas este ano. No entanto, gays, lésbicas e trans continuam a ser perseguidos.

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