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Brasil O ministro interino da Saúde diz que o Brasil “precisa entender como parar o sangramento”

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"A assinatura será agendada no mais curto prazo. Coisa de poucos dias", afirmou Pazuello. (Foto: Marcos Correa/PR)

O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse nessa segunda-feira (10), no Rio de Janeiro, que o governo apoia o isolamento social, contrariando o discurso e as ações da própria Presidência da República. Ele também comparou a situação da pandemia no Brasil a uma hemorragia ao dizer que o País “precisa entender como parar o sangramento”.

Em evento de inauguração de uma nova unidade de processamento de testes da Covid-19 na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ele defendeu a necessidade de tratamento precoce para impedir o aumento de mortes na pandemia.

“Medidas preventivas e afastamento social são medidas de gestão dos municípios e Estados e nós apoiamos todas elas, porque quem sabe o que é necessário naquele momento precisa de apoio e nós apoiamos. Mas, fica a lembrança de que, independentemente da medida que se tome, tem que estar aliada à capacidade de triar e procurar se as pessoas estão ou não com sintomas, o tempo todo”, declarou Pazuello.

A declaração contraria a postura do próprio general desde que assumiu interinamente o Ministério da Saúde. Em maio, ele foi alertado por um comitê técnico da pasta que, sem isolamento social efetivo, o País poderia levar até dois anos anos para controlar a pandemia. Mas, ao contrário do alerta, o Pazuello orientou a reabertura das atividades econômicas, quando o País já tinha mais de um milhão de casos da doença.

Não faz diferença

Pela primeira vez desde sábado (8), quando o Brasil atingiu a marca de 100 mil mortos pela Covid-19, Pazuello citou o número de vítimas, relativizando que as ações de combate são mais importantes que a contagem de mortos.

“Não é um número. Todos os dias sofremos as perdas. Não é um número – 95 mil, 98 mil, 100, ou 101 – que vai fazer a diferença. O que vai fazer a diferença é cada um brasileiro que se perde”, disse ele. Para o ministro interino, é fundamental “um trabalho preventivo”.

O interino comparou a situação da pandemia no Brasil a uma hemorragia ao dizer que o País “precisa entender como parar o sangramento”. Para ele, o diagnóstico precoce e um tratamento imediato são as ações necessárias para conter o aumento do número de óbitos e defendeu a necessidade de união de toda a sociedade para combater a disseminação da doença.

“Não existe, nesse momento, diferenças partidárias ou ideológicas. Nós somos todos brasileiros combatendo, dia a dia, da melhor forma nos dedicando para que não haja mais mortos no nosso País. Já perdemos 100 mil brasileiros com nome, identidade e família. E podem acreditar, nós estamos todos os dias revendo nossos protocolos, procurando o que tem de melhor e alterando aquilo que não vinha dando certo”, reforçou o ministro interino.

Pazuello destacou, ainda, que o País está sob “esforço de guerra” para conter a disseminação do novo coronavírus. “Nós estamos lutando contra uma pandemia, e o nome disso é esforço de guerra”. Diante disso, cobrou que a população procure atendimento médico diante de qualquer sintoma da doença.

“Não está correto ficar em casa doente, com sintomas, até passar mal com falta de ar. Isso não funciona. Não funcionou e deu no que deu. E há dois meses nós mudamos esse protocolo. Diante de qualquer sintoma, procure uma unidade básica de saúde”, defendeu o ministro.

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https://www.osul.com.br/o-ministro-interino-da-saude-diz-que-o-brasil-precisa-entender-como-parar-o-sangramento/ O ministro interino da Saúde diz que o Brasil “precisa entender como parar o sangramento” 2020-08-10
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