Entre os convidados estavam o presidente da República, Jair Bolsonaro; os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); o procurador-geral da República, Augusto Aras; o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, e ministros do STF.
Todos usavam máscaras no plenário. O hino nacional foi cantado por Fagner.
Nas bancadas dos ministros e na mesa de honra, foram instalados acrílicos transparentes, em caráter provisório, para a criação de espaços individuais. Cerca de 4 mil convidados acompanharam a posse virtualmente.
A tradicional fotografia da composição dos ministros não foi realizada e não houve cumprimentos nem recepção.
Discursos na cerimônia
Chamado a falar pela ordem do cerimonial, o ministro Marco Aurélio brincou com os acrílicos instalados para separar os presentes. “Sinto-me em uma cabine telefônica”, disse.
Marco Aurélio iniciou o discurso falando diretamente ao presidente da República, Jair Bolsonaro – que se sentou ao lado de Fux na cerimônia.
“Vossa Excelência foi eleito com mais de 57 milhões de votos, mas é presidente de todos os brasileiros. Continue na trajetória havida, busque corrigir as desigualdade sociais que tanto nos envergonham. Cuide especialmente dos menos afortunados, seja sempre feliz na cadeira de mandatário maior do País”, declarou Mello.
“A Constituição de 1988 rege o mais longo período de estabilidade institucional da história republicana. Sem que se possa considerá-lo desinteressante ou sossegado o período. Como costumo dizer, de tédio não morreremos”, prosseguiu.
“Todo comandante deve saber ouvir, sem deixar de ser a referência maior e, ao mesmo tempo, marinheiro como outro qualquer […] A divergência é inerente ao universo jurídico, aos fatos, às relações sociais. O diálogo entre pares dignifica e legitima o processo decisório”, declarou Marco Aurélio Mello, ainda no discurso, sem referência direta a Bolsonaro.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou considerar que Fux conduzirá a Corte “com conhecimento e experiência” e que a ministra Rosa Weber já comprovou sua liderança no Tribunal Superior Eleitoral, como a primeira mulher a presidir uma eleição geral no Brasil.