Quarta-feira, 15 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de março de 2018
O Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, prometeu na tarde desta quinta-feira (15) a soma de “todos os esforços” para encontrar os assassinos da vereadora Marielle Franco, morta a tiros na noite de quarta, e de seu motorista, Anderson Gomes. Ele falou com a imprensa no Centro Integrado de Comando e Controle, ao lado do chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa e do diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro.
Jungmann, diz que já conversou com a procuradora-geral, Raquel Dodge, e afirma que a investigação a rigor “já está federalizada”. Ele afirmou que as inteligências de vários órgãos trabalham no caso, mas que a Polícia Civil está a frente das investigações.
“Estão trabalhando de forma integrada as polícias estaduais, Polícia Civil e militar, e juntamente com a Polícia Federal, a Abin, Secretaria de Segurança Pública e Inteligência das Forças Armadas. Todos somando esforços para que a Justiça seja feita para que esse bárbaro crime tenhas solução e os responsáveis vão parar na cadeia”, disse o ministro.
O ministro acrescentou que seja quem for que cometeu o crime tem que ser punido, “seja de dentro, de fora”. “Independentemente do crime, você tem a motivação do crime, e isso será apurado.”
Jungmann disse que a questão agora não é endurecer a intervenção ou não, mas fazer o que deve ser feito, “sempre dentro da lei, sempre com respeito aos Direitos Humanos”.
“Imbecil”
Ao comentar a morte da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta quinta-feira (15) que só quem é “imbecil” achou que em 30 dias a violência no Estado do Rio de Janeiro seria resolvida.
Marun deu a declaração após ser questionado sobre o balanço que o governo faz do primeiro mês da intervenção federal na segurança do Rio.
“Imbecil é quem imaginou que em 30 dias nós teríamos solucionado a questão da violência no Rio de Janeiro, essa nunca foi a nossa pretensão, nós temos um trabalho de longo curso, ele será realizado”, afirmou o ministro.
“E, se esse assassinato tinha o objetivo de nos assustar, de nos retirar do nosso rumo, esses bandidos se engaram”, completou Marun.
Responsável pela interlocução política do governo, o ministro avaliou, ainda, que o assassinato de Marielle Franco reforça a necessidade de medidas “extremas” no Estado, como a intervenção federal.
“A morte da vereadora é só mais uma evidência de que nós estamos no caminho certo ao decretarmos uma intervenção que recupere o sentido de autoridade no Estado do Rio de Janeiro. É um crime bárbaro”, disse.
A Polícia Civil do Rio acredita que os assassinos seguiram Marielle desde o momento em que ela saiu do evento onde estava na Lapa, no centro da cidade, na noite de quarta. Ela pode ter sido perseguida por cerca de quatro quilômetros.
Segundo a investigação, Marielle não tinha o hábito de andar no banco de trás do veículo, que tem filme escuro nos vidros. Na noite de quarta, no entanto, ela estava no banco traseiro quando o crime ocorreu, o que seria mais uma prova de que os assassinos estavam observando a vítima há algum tempo.