Terça-feira, 04 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de dezembro de 2018
Mick Mulvaney, que será o novo chefe de gabinete do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou o agora líder do país de “um ser humano terrível” durante uma conversa em 2016, informaram neste domingo (16) veículos de imprensa locais.
Mulvaney, que substituirá John Kelly neste posto e que até agora era diretor do Escritório de Orçamento de Trump, expressou estas palavras durante um debate que aconteceu a uma semana do pleito de 2016, de acordo com veículos de imprensa americanos.
“Sim, apoio Donald Trump, mas vou fazer isso apesar de pensar que ele é um ser humano terrível”, disse Mulvaney na ocasião. Durante aquele evento, o agora chefe de gabinete interino afirmou que não era a favor do magnata. “Gosto de Donald Trump? Não”, disse Mulvaney, que não é o único membro do gabinete de Trump que desqualificou o líder.
Previamente, o ex-secretário de Estado Rex Tillerson havia chamado o líder de “idiota”, algo que ele negou, mas que fez com que Trump o desafiasse a comparar coeficientes intelectuais.
Segundo o último livro do jornalista Bob Woodward, John Kelly também o chamou de “idiota” e “desequilibrado”, embora este tenha negado ter pronunciado este comentário. Mulvaney substituirá, a partir de 1 de janeiro de 2019, Kelly, que estava no cargo desde julho de 2017.
Secretário do Interior
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no sábado (15) a saída do secretário do Interior, Ryan Zinke. Ele deixará o cargo no fim do ano. “O secretário do Interior, @RyanZinke, deixará a administração no final do ano depois de ter prestado serviços por um período de quase dois anos”, escreveu Trump no Twitter.
“Ryan conseguiu muito durante o seu mandato e quero agradecê-lo por seu serviço ao nosso país”, disse o presidente. Trump acrescentou que o substituto de Zinke será anunciado na próxima semana.
O secretário do Interior é responsável por supervisionar a conservação e extração de minérios em terrenos públicos que, somados, seriam maiores que um país como o México.
Mas Zinke foi alvo de várias investigações éticas, tornando-o um ímã para as denúncias dos democratas, afirma a agência France Press. Há denúncias de que o departamento de Zinke estava prestes a pagar quase US$ 139 mil para melhorar as portas de seu escritório, um custo que teria sido negociado mais tarde e caído para US$ 75 mil.
Ele também enfrentou críticas por custosos voos de helicóptero da polícia que, no ano passado, permitiram que ele voltasse a Washington para cavalgar com o vice-presidente Mike Pence.
“Ryan Zinke foi um dos membros mais tóxicos do gabinete pela forma como tratou nosso ambiente, nossas preciosas terras públicas, e pela forma como tratou o governo como se fosse seu”, disse o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer.
Para além das acusações, Zinke – um antigo militar da Marinha – ficou marcado pelos norte-americanos pelo estilo caubói. No ano passado, em seu primeiro dia de trabalho, o secretário chegou ao escritório em Washington montado em um cavalo.