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Brasil Novo ministro da Educação fala em “sabotagem” e exige o fim de vazamentos à imprensa

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Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o Ministério da Educação alegou que a página conteria "informações não confirmadas" que poderiam levar a "interpretações dúbias". (Foto: Divulgação)

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, falou sobre evitar “sabotagem” no órgão e disse que não vai mais tolerar vazamentos de informações. As declarações foram feitas na manhã de quarta-feira (10) durante reunião reservada com Carlos Nadalim, secretário nacional de Alfabetização. Na conversa, o ministro aproveitou para levantar o perfil de colaboradores atuais e de demitidos da pasta ligados ao ideólogo de direita Olavo de Carvalho. Nos três primeiros meses de governo, o MEC (Ministério da Educação) foi um foco de polêmicas, que culminaram com a demissão, nesta semana, de Ricardo Vélez Rodríguez do comando do ministério.

No encontro com Nadalim, também ex-aluno de Carvalho, Weintraub demonstrou preocupação com as brigas internas entre as alas ideológica e militar.  No diálogo de 14 minutos, Weintraub pediu informações de colaboradores da chamada ala ideológica que atuam ou atuaram no MEC. O novo chefe da Educação perguntou sobre o perfil de Bruna Luiza Becker e Eduardo Sallenave, assessores especiais da pasta. Outro sondado foi Eduardo Melo, que era secretário-adjunto da Secretaria Executiva do MEC e foi um dos primeiros a serem demitidos no início da crise na pasta, no dia 11 de março.

O grupo ligado ao ideólogo de direita defende o retorno de Melo, atualmente na TV Escola, ao cargo. O ministro pergunta ao secretário Nacional de Alfabetização se ele é “avalista” do servidor demitido por Vélez. Diante da resposta afirmativa, Weintraub insiste: “Você garante que não está fazendo bagunça?” pergunta a Nadalim, que assegura a confiança em Melo.

Nas conversas, o ministro discorreu sobre posturas inadequadas na pasta e disse que se alguém “toma uma posição sem autorização da chefia” será “mandado embora”. Weintraub destacou que o ministério não vai mais se pautar pelo que é noticiado pela imprensa, e que não quer ninguém fazendo “barulho” no ministério. “Não pode sair falando [inaudível]. Se ele toma uma posição sem autorização minha, é mandado embora no mesmo instante”, disse o ministro, que continua a discorrer sobre o vazamento de informações. “Quem deu autorização? Sabotagem.” Em outro trecho da conversa, o novo ministro afirmou que havia integrantes do MEC “totalmente conectados” com a imprensa.

Polêmicas em torno da alfabetização

Durante a reunião, Weintraub conversou sobre o decreto da Política Nacional de Alfabetização, única entrega do Ministério da Educação para os cem primeiros dias de governo Bolsonaro, completados na quarta-feira. A política está no centro de uma disputa entre o grupo ligado a Olavo de Carvalho, que redigiu uma versão do decreto sobre a iniciativa, e a ala de militares, que mandou à Casa Civil outro texto, retirando, por exemplo, o foco no método fônico.

Weintraub ouviu um relato do imbróglio diretamente de Carlos Nadalim. O ministro foi informado de que a Política Nacional de Alfabetização é uma imposição da Casa Civil para os cem primeiros dias. O MEC havia tentado focar no projeto das escolas cívico-militares, mas o Planalto determinou que se fizesse algo sobre alfabetização.

tags: educação

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