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Por Redação O Sul | 15 de agosto de 2017
Em 2016, o número de passageiros que viajaram do Brasil para outros países (e vice-versa) caiu pela primeira vez nos últimos sete anos, revela estudo inédito divulgado nessa terça-feira pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). No ano passado, esse contingente chegou a 20,9 milhões, volume ainda expressivo mas abaixo dos 21,6 milhões registrados em 2015.
O estudo também ressalta a variação das tarifas médias (em dólar) por destino no período entre 2011 e 2016. De um modo geral, os preços das passagens para outros países caíram no ano passado, mas ficou mais caro viajar para a América do Sul e América do Norte. A moeda estrangeira caiu 17% em relação ao real no ano passado, encerrando em dezembro cotada a 3,24 reais.
Essa é a primeira vez que a Anac divulga um relatório sobre preços e volumes de passageiros transportados, com base em dados de empresas aéreas brasileiras e estrangeiras.
Destinos de viagem
Em 2016, os países vizinhos na América do Sul foram o destino preferido e receberam 35,8% do total de voos que tiveram como origem o Brasil. Já a Europa ficou na segunda colocação, com 29,4%, ao passo que a América do Norte (México, Estados Unidos e Canadá) aparece em terceiro no ranking, com 24,2%.
De acordo com analistas da Anac, essa redução no volume de embarques internacionais se mostrou especialmente acentuada em períodos de desvalorização do real e de recuo do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Em outras palavras: quando a conjuntura é de queda no poder de compra.
Tarifas por continente
De um modo geral, os preços das passagens para outros países caíram de 2015 para o ano seguinte. No entanto, conforme a Anac, viajar para as Américas do Sul e do Norte ficou mais caro para os brasileiros.
No que se refere à América do Sul, as tarifas médias de ida e volta em classe econômica ficaram em 317 dólares no passado, contra 303 dólares no ano anterior, o que representa um aumento de 4,6%. Já para a América do Norte, os preços médios ficaram em 677 dólares, contra 566 dólares em 2015, isto é, uma elevação de 19,6%.
Desde 2011, as tarifas médias caíram para todos os continentes. Para a América do Norte, a redução foi de 40,7%, ao passo que para a Ásia o índice atingiu quase 39% e para a África foi de pouco mais de 37. Já no que se refere à Europa, a baixa foi de 32%, seguida pela da América Central e Caribe, com 28,2%, e pela América do Sul, com 19,5%.
Os dados constantes no relatório se referem, em tese, apenas às viagens por via aérea. Não foram divulgadas informações sobre deslocamentos de ida e volta realizados por meios individuais ou coletivos de transporte terrestre (automóveis e ônibus) ou marítimos (os navios de cruzeiro, por exemplo, que frequentemente aportam no País, levando turistas para outros países ou mesmo continentes).