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Brasil O placar que derrubou a denúncia contra Michel Temer indica dificuldades para fazer a reforma da Previdência

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Analistas estimam que de que o Especialistas estimam que o Planalto terá que ceder em pontos no projeto. (Foto: Agência Brasil)

A votação da denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção terminou com 44% da Câmara – 227 deputados – contrária ao arquivamento do processo. Se não foi o bastante para fazer do peemedebista réu numa ação por corrupção passiva no STF (Supremo Tribunal Federal), o número é mais do que suficiente para derrubar propostas de emenda constitucional, como a da reforma da Previdência.

Embora reduza as chances de Temer perder o mandato e abra uma melhor perspectiva de retomada da agenda reformista, o placar da sessão plenária desta quarta-feira reforçou a expectativa de analistas de que o Planalto terá que negociar concessões e esvaziar ainda mais a proposta de mudanças nas regras das aposentadorias – dependente do aval de dois terços do Congresso Nacional.

Após o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciar a aprovação do parecer que recomendou o arquivamento da denúncia, o diretor-executivo da Eurasia, Christopher Garman, comentou a probabilidade de o peemedebista concluir o mandato, estimada em 60% pela consultoria de risco político, ganhou viés de alta.

“O resultado desta quarta-feira indica que Temer, salvo novo escândalo, tem capital político para derrubar uma nova denúncia a ser apresentada pela Procuradoria-Geral da República”, frisou Garman. Ele considera, porém, que a reforma da Previdência, uma medida de alto custo político para os parlamentares, só tem condições de passar pelo Congresso em uma versão mais enxuta do que a defendida pelo Executivo federal: “Talvez o que pode passar pelo Congresso será a adoção da idade mínima e da regra de transição”.

O analista político da XP Investimentos, Richard Back, tem uma visão parecida e considera que o sucesso das reformas estará condicionado à habilidade de Temer em reconstruir a coalizão partidária que vinha dando sustentação a seu governo até meados de maio, antes de estourar a delação da JBS com acusações contra Temer. “O governo tem de virar a página, reconstruir a base e voltar à condição que tinha até maio”, avaliou o analista político.

Ainda que a rejeição da denúncia mostre resistência do governo, o cientista político da FGV (Fundação Getulio Vargas) Claudio Couto avaliou que o placar da votação sugere que a capacidade do Planalto em aprovar pautas mais polêmicas foi prejudicada pela crise política. Ele nota que a contagem dos votos favoráveis ao peemedebista, de 263 parlamentares, ficou um pouco acima dos 257 votos (maioria simples) necessários para aprovar apenas leis complementares.

“Pensando na reforma da Previdência, a obtenção de 308 votos, o necessário para aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional, seria uma demonstração importante de que o governo não apenas se salvou, como ainda tem força suficiente para aprovar pautas importantes”, ponderou. “A votação mostrou que não.”

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