Quinta-feira, 22 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 3 de julho de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A Assembleia Legislativa vota hoje a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2018, que precisa ser devolvida ao Executivo até o dia 15 deste mês. Não se tem conhecimento de que entidades representativas da sociedade, ruidosas ou silenciosas, tenham ido à Secretaria do Planejamento e depois ao Palácio Farroupilha indagar de técnicos e parlamentares sobre critérios para definição de receitas, isenções fiscais, despesas e desperdícios. Reclamar durante a fase de execução do orçamento não adianta nada.
Girando na estratosfera
Os Donos do Poder, livro escrito por Raymundo Faoro e lançado há 59 anos em Porto Alegre, narra a história dos que saqueiam o erário público de forma torpe, solerte e desavergonhada. “O Estado”, escreveu Faoro, “pela cooptação sempre que possível, pela violência se necessário, resiste a todos os assaltos, reduzido, nos seus conflitos, à conquista dos membros graduados de seu estado-maior.” Ao mesmo tempo, nenhuma força do restante da sociedade civil lhes contrapõe qualquer resistência. O ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso ontem, não deve ter lido Faoro nem entendido o que o noticiário do momento evidencia. Continua se achando um dos donos do poder, imperturbável e acima da lei. Agora, ao ver o sol nascer quadrado, talvez se dê conta de que algo mudou e que os intocáveis desapareceram.
Ao lado do presidente
Era necessária a presença de 51 deputados federais e só 19 compareceram ontem. Com isso, houve a suspensão da primeira sessão plenária que contaria prazo para o presidente Michel Temer apresentar defesa sobre a denúncia do Ministério Público Federal. Os levantamentos, mostrando que grande parte dos parlamentares se declara indecisa, evidenciam que Temer reunirá o número de votos para suspender o processo.
O que fazer
A receita médica para o País é dada pelo presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcus Vinícius Bolivar Malachias: “É chegada a hora de desfibrilarmos as fúrias sectárias, de infundirmos civilidade e cidadania, de imunizarmos as cores dos estandartes, de erradicarmos a violência, de aplacarmos o fanatismo, de estancarmos o ódio, de ressuscitarmos a esperança e de despertarmos a paz. Sabemos, contudo, que, mesmo com a melhor receita, a cura depende do desejo de ser curado, assim como da adesão ao tratamento”.
Em marcha lenta
A reforma da Previdência Social só andará após a definição sobre o futuro do presidente Temer.
Como sempre
A campanha eleitoral de 2018 repetirá o festival de incoerências, contradições e alianças estapafúrdias. Sem propostas, programas ou projetos.
Pequeno alento
Para enriquecer a série “Nem Tudo Está Perdido”: o comércio exterior tem o melhor resultado para o 1º semestre em 29 anos.
Condição indispensável
A erradicação do trabalho infantil, pela qual os governos tanto se empenham, será para valer quando as crianças deixarem de ser cooptadas pelo tráfico de drogas.
Muitos candidatos
Uma comissão especial, ao final do ano, escolherá entre políticos o Colecionador de Encrencas.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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