Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 30 de março de 2016
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que a votação em plenário do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff deve demorar três dias. Réu no processo do petrolão e adversário declarado do governo, ele reafirmou que presidirá essas sessões.
“A demora na votação poderá ser motivada pela fala dos partidos e pelo clima de conflagração em torno do pedido”, frisou. Ele lembrou que a Lei do Impeachment dá prazo de uma hora ao pronunciamento de cada um dos 25 partidos com representação na Casa. “Isso tudo sem contar que, em qualquer sessão, cada um dos líderes partidários pode usar a palavra para discursar.”
O prazo para que Dilma apresente a sua defesa na Comissão Especial do Impeachment deve terminar na próxima segunda-feira. A partir daí, o colegiado tem até cinco sessões para aprovar o seu relatório. Logo depois, ele vai a votação no plenário, em pelo menos duas sessões de discussão.
O Senado é autorizado a abrir o processo de impedimento da chefe do Executivo se tiver os votos de pelo menos 342 dos 513 deputados.
Réu no processo do “petrolão” e respondendo a processo de cassação na Câmara, Cunha discute com aliados a possibilidade de marcar a votação decisiva para um domingo, com o objetivo de aumentar a audiência televisiva da sessão e coincidi-la com protestos em Brasília. (Folhapress)