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Política O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que a imprensa não é “Poder Moderador” e nem é responsável pela radicalização de grupos extremistas

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"O papel da imprensa é informar. Se há uma nota que é polêmica, cabe a imprensa divulgar. Como não divulgar manifestações radicais?", disse. (Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) defendeu o papel da imprensa em uma live do grupo Conexão Empresarial, na manhã desta terça-feira (16). Questionado se os jornais não estariam acirrando as crises políticas em vez de ajudar a apaziguá-las, o parlamentar alertou para o perigo de entrar em uma lógica em que só são boas as reportagens contra os adversários, e ruins as que noticiam fatos desfavoráveis a aliados.

Consequentemente, continuou, o posicionamento também poderia ser estendido às decisões judiciais favoráveis, vistas como certas, ou contrárias, vistas como uma perseguição.

Maia afirmou que o poder moderador da República não é a imprensa e nem as Forças Armadas, mas os poderes constituídos. “A organização do sistema democrático, quem tem que organizar é o Executivo, Legislativo e Judiciário. Temos que respeitar as ações de cada um dos poderes. E para qualquer divergência, tem um rito legal para todos reclamarem. Não devemos responsabilizar a imprensa pelos conflitos e excesso de radicalização que tomou conta do Brasil e não de agora. No ano passado tivemos um radicalismo muito grande e isso continua”, afirmou Maia.

O presidente da Câmara lembrou que, no sábado (13), um grupo de apoiadores do presidente da República disparou foguetes sobre o STF como forma de ameaça. “Tem gente soltando morteiros em cima do STF. Isso é inaceitável. Ameaças a ministros do Supremo, a deputados, isso deve voltar para o seu devido lugar. As instituições precisam dialogar. Devemos estar unidos. Essa crise (do coronavírus) é mais profunda. Acho que vai durar mais do que muitos estão esperando. Não podemos esquecer que repórteres têm sido agredidos. Isso gera, na mídia internacional, críticas”, alertou.

“Não é possível que o Brasil, que vem organizando sua democracia desde a Constituição Federal de 1988, volte a discutir a democracia. Se há dúvida sobre o sistema democrático, então, não é com reformas que vamos resolver o nosso problema. A narrativa (antidemocrática) não é apoiada, na prática, por nenhum poder. Não vemos movimentos dos Poderes contra a instituição, mas vai na linha de alguns, que geram insegurança. Querendo a gente ou não, a questão democrática e do meio ambiente são essenciais para investimento internacional no país. Vamos precisar de segurança jurídica e harmonia entre os poderes para investir no nosso País”, argumentou.

De acordo com Maia, a imprensa vem cumprindo seu papel. “A gente gosta da matéria a nosso favor. Quando é contra a gente não gosta. O judiciário quando vai contra, acusamos de estar politizado. Temos que tomar cuidado. O papel da imprensa é informar. Se há uma nota que é polêmica, cabe a imprensa divulgar. Como não divulgar manifestações radicais? Com todos os conflitos, temos que lembrar, a imprensa tem liberdade de informar a sociedade e fazer suas análises, sua crítica, seu debate”, continuou.

O parlamentar destacou que é preciso ter paciência nesse momento. “Estamos vivendo uma crise que não vai acabar amanhã. Uma mudança da forma de atuar de muitas empresas. Vai mudar muito a economia mundial. A crise não acaba amanhã e vai precisar, de cada um, de paciência e equilíbrio por todos os lados para enfrentarmos a crise em todos os seus aspectos”, recomendou.

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