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Política A Polícia Federal fez buscas contra o deputado federal Daniel Silveira e o youtuber Allan Santos

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O ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio imediato das contas bancárias da esposa do deputado bolsonarista. (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

A Polícia Federal (PF) deflagrou operação nesta terça-feira (16) contra bolsonaristas investigados por apoiar a realização de atos antidemocráticos, que pedem o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). A PF cumpre 21 mandados de busca e apreensão solicitados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Santa Catarina e no Distrito Federal.

Um dos alvos da operação é o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), que é investigado no caso. Daniel ficou conhecido na campanha eleitoral de 2018 por quebrar uma placa com o nome da vereadora Marielle Franco, assassinada naquele ano.

Silveira, que integra da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro, publicou em seu Twitter que agentes da PF estavam em seu apartamento na manhã desta terça. Além disso, agentes estiveram ainda em endereços ligados ao parlamentar em Petrópolis, na Região Serrana do Rio.

“Polícia Federal em meu apartamento. Estou de fato incomodando algumas esferas do velho poder. E cada dia estarei mais firme nessa guerra!”, escreveu o deputado.

O parlamentar é o único alvo com foro privilegiado da operação. Os demais são empresários e outros apoiadores dos atos antidemocráticos.

Após as buscas, o deputado Daniel Silveira esteve na Superintendência da PF em Brasília para prestar depoimento sobre os fatos investigados. Silveira, porém, afirmou aos investigadores que não se manifestaria porque ainda não teve acesso aos autos e à decisão judicial que determinou as buscas contra ele. Por isso, o deputado ficou em silêncio no depoimento. Há uma expectativa de que ele volte a ser ouvido após ter acesso aos autos.

A ação foi batizada pela PF como Operação Lume, uma referência à necessidade de iluminar os investigados para que todos fatos relacionados à autoria, materialidade e circunstâncias de financiamentos desses grupos sejam revelados.

O objetivo dos investigadores é descobrir os financiadores  do grupo que tem realizado protestos pelo fechamento do Congresso Nacional e com ataques ao Supremo Tribunal Federal.

Alvos da operação

Luís Felipe Belmonte: empresário, advogado e um dos principais financiadores e organizadores do Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro quer criar. É o primeiro suplente do senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Também é dono de um time de futebol em Brasília.

Em nota, Belmonte afirmou que, como advogado, sempre se pautou “pelo respeito às instituições e pela estabilidade democrática”. Disse ainda que jamais estimulou ou financiou atos com o objetivo de “derrubar, ou mesmo afrontar, o Supremo Tribunal Federal”.

Daniel Silveira (PSL-RJ): deputado federal aliado do presidente Jair Bolsonaro. Junto com o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), quebrou placa criada em homenagem da vereadora Marielle Franco durante a campanha eleitoral de 2018.

Allan Santos: blogueiro apoiador do presidente Jair Bolsonaro e um dos fundadores do site “Terça Livre”. Ele já tinha sido alvo do inquérito das fake-news.

Alberto Junio da Silva: blogueiro ligado a Bolsonaro e atua no canal “Giro de Notícias”.

Ravox Brasil: youtuber bolsonarista.

Otavio Fakhoury: empresário que já admitiu publicamente ter financiado manifestações pró-Bolsonaro. A defesa de Fakhoury nega a relação com irregularidades e afirma que não tem conhecimento sobre quais fatos estão sendo investigados, por ainda não ter obtido acesso a informações da investigação.

Camila Abdo: militante bolsonarista nas redes que é assistente parlamentar de um deputado estadual.

Emérson Teixeira: blogueiro bolsonarista.

Fernando Lisboa: blogueiro da base bolsonarista.

Valter Cesar Silva Oliveira: Responsável por um canal no YouTube que defende a intervenção militar e faz pedidos de contribuições financeiras.

Ernani Fernandes Barbosa Neto: Advogado responsável por administrar páginas em redes sociais que davam apoio a Bolsonaro e foram removidas, no fim do ano passado, por publicação de spam, notícias falsas e violação de políticas de autenticidade estabelecidas.

Thais Raposo do Amaral Pinto Chaves: Junto com Ernani, também responsável por administrar páginas em redes sociais que davam apoio a Bolsonaro e foram removidas, no fim do ano passado, por publicação de spam, notícias falsas e violação de políticas de autenticidade estabelecidas.

Roberto Boni: Autor de posts em defesa da intervenção militar em redes sociais. Também é cover do cantor Roberto Carlos.

Inclutech: Empresa de Sérgio Lima, o marqueteiro do Aliança pelo Brasil.

Canal TL Produção de Vídeos e Cursos: Empresa do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.

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https://www.osul.com.br/a-policia-federal-fez-buscas-contra-o-deputado-federal-daniel-silveira-e-o-youtuber-allan-santos/ A Polícia Federal fez buscas contra o deputado federal Daniel Silveira e o youtuber Allan Santos 2020-06-16
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