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Por Redação O Sul | 24 de junho de 2017
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o seu trabalho na KGB (Comitê de Segurança do Estado, o serviço secreto) da União Soviética esteve vinculado com espionagem clandestina no exterior, em uma reportagem que foi transmitida neste sábado (24) na emissora estatal de televisão russa.
“O meu trabalho nos órgãos de espionagem exterior teve a ver não simplesmente com o Serviço de Espionagem Exterior (SEE), senão que, em particular, com a espionagem clandestina”, disse Putin, segundo antecipou o site da emissora. A reportagem se foca no 95º aniversário de direção “C” do SEE, que se ocupa de trabalhos encobertos de inteligência fora do território da Rússia.
Segundo o chefe do Kremlin, os agentes que trabalham na clandestinidade são “pessoas especiais, de qualidades e convicções singulares, pessoas com um caráter especial”. “Renunciar à vida habitual, aos familiares e amigos, abandonar o país durante muitos anos e dedicar toda a vida ao serviço da pátria é algo que nem todos são capazes de fazer”, comentou Putin.
“Não exagero (…). Trata-se de gente única no seu gênero. Eu lhes desejo felicidade e conforto. Tenho certeza que ouvirão as minhas palavras”, completou o chefe do Kremlin. Entre 1985 e 1990, enviado pela Primeira Direção Principal da KGB (que ocupava-se
da espionagem exterior), Putin trabalhou como diretor da Casa da Amizade URSS-RDA na cidade alemã de Dresden.