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Brasil O presidente do Senado disse que a Reforma da Previdência foi mal explicada pelo governo para a população

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Declaração de Euní’cio de Oliveira (PMDB-CE) foi feita após cerimônia ao lado de Michel Temer. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Nessa segunda-feira, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse ter comentado com o presidente Michel Temer a avaliação de que a proposta de reforma da Previdência Social foi mal explicada pelo governo à população.

Enviada no ano passado ao Congresso Nacional, o conjunto de propostas já foi aprovado por uma comissão especial da Câmara dos Deputados, mas diante da falta de consenso entre parlamentares e o Palácio do Planalto sobre o texto a ser votado, a proposta ainda se arrasta no Legislativo.

“Eu disse ao presidente Temer que, no meu entendimento, a reforma foi mal vendida à população brasileira. Nós precisamos fazer uma reforma enxuta, que retire os privilégios”, declarou o peemedebista em entrevista à imprensa. Na sequência, o senador frisou que, também na sua opinião, a reforma deve preservar “a rede de proteção social” e definir uma idade mínima para aposentadorias.

As declarações foram dadas após o presidente do Senado participar de uma cerimônia no Planalto ao lado de Temer. Nesse mesmo evento, o presidente disse ter “certeza” de que o governo conseguirá aprovar a reforma ainda neste ano.

Aposentadoria rural

Ao relatar a conversa que teve com Temer, Eunício disse ter afirmado ao presidente que não aceitaria, “neste momento”, que fossem modificadas as regras para a aposentadoria rural, uma vez que o homem do campo “vive muito menos do que as pessoas que estão nas cidades”.

“Eu peguei essa semana um calor de 47ºC no interior do Estado do Ceará. Aí dá para ver a diferença. O presidente me disse que ia preservar essa questão”, relatou Eunício. O parlamentar disse ainda que, na reunião de domingo com Temer, o presidente afirmou que fará “ainda neste ano” uma reforma ministerial.

“Texto enxuto”

Em meio à articulação para aprovar a reforma no Congresso Nacional até o final de dezembro, o presidente Michel Temer já reconheceu que a proposta pode não ser aprovada “em todo o conjunto”. Diante disso, o governo passou a articular um texto mais enxuto, com foco, por exemplo, em tópicos como a idade mínima de 65 anos para homens poderem se aposentar e de 62 anos para mulheres.

“Quem sabe ainda neste ano. ‘Quem sabe’, não, com toda certeza, porque aqui a gente diz uma coisa e falam ‘há dúvida’, e não há dúvida, não. Nós vamos fazer a reforma trabalhista e a reforma previdenciária. A reforma previdenciária que é fundamental para o país”, ressaltou Temer no evento dessa segunda-feira.

“Nós vamos desmistificar especialmente para para desmentir o que diziam no começo. O que diziam no começo é o seguinte: que com a reforma da Previdência a pessoa só se aposenta com 65 anos. É uma inverdade absoluta”, complementou.

Ainda conforme o chefe do Executivo, o governo está “cortando privilégios”, de forma gradual: “Estamos fazendo uma fórmula que diz que a reforma da Previdência leva em conta a idade, mas é para já? Não, é para daqui 20 anos”.

A fala de Temer na semana passada sobre o texto a ser aprovado pelo Poder Legislativo causou repercussão política e econômica. Na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), houve fortes oscilações à medida que parlamentares e autoridades do governo davam a entender que a reforma poderia ser aprovada ou ficava mais distante.

Tudo começou com uma declaração de Temer no dia 6. Ele disse que, diante do cenário político, a reforma poderia não ser aprovada “em todo o conjunto”. Na hora que o presidente soltou essa frase, a Bovespa já tinha encerrado o dia. Mas no pregão seguinte, registrou a sua maior queda desde maio.

Diante do estrago, ministros, Temer e líderes da base no Congresso Nacional correram para manifestar publicamente que o governo continuava empenhado em aprovar a reforma e faria de tudo para que ela passasse no Legislativo, mesmo em um formato mais enxuto, o mais rápido possível.

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