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Mundo O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer barrar o envio de pequenas encomendas da China

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Trump durante visita à China, repepcionado por Xi Jinping. (Foto: Shealah Craighead/The White House)

O presidente Donald Trump planeja abandonar um tratado postal assinado 144 anos atrás que permite que empresas chinesas enviem pequenos pacotes aos Estados Unidos com profundos descontos nas tarifas, o que prejudica concorrentes americanos e inunda o mercado do país de bens de consumo baratos.

O abandono do tratado é parte de um esforço coordenado por pelo presidente americano para combater o domínio chinês e punir Pequim pelo que seu governo define como um padrão de práticas desleais de comércio. A decisão seria comunicada aos responsáveis pelo tratado na quarta-feira, de acordo com importantes funcionários do governo americano.

O Tratado da União Postal Universal, cujo primeiro anteprojeto data de 1874, estabelece tarifas para que os serviços nacionais de correios entreguem cartas e pacotes a países de todo o mundo. Desde 1969, países pobres e em desenvolvimento — entre os quais a China — estão autorizados a cobrar tarifas mais baixas do que os países mais prósperos, da Europa e América do Norte.

Embora as tarifas mais baixas originalmente tivessem o objetivo de fomentar o desenvolvimento da Ásia e da África, companhias chinesas agora respondem por 60% dos pacotes embarcados para os Estados Unidos, e se aproveitam das tarifas mais baixas para transportar roupas, eletrodomésticos e bens de consumo eletrônicos. Muitos sites chineses de comércio online, como o AliExpress, oferecem postagem gratuita da China, em parte por conta das tarifas baixas de correio, dizem funcionários do governo americano.

A decisão de abandonar o tratado foi tomada por recomendação de Peter Navarro, o assessor de comércio internacional de Trump, defensor da linha dura no trato com a China e que vê a medida como forma de causar dificuldades aos chineses e desafiar a autoridade de organizações internacionais como a OMC (Organização Mundial do Comércio), que em sua opinião não conferem aos Estados Unidos um poder de voto comensurável com a estatura do país.

Representantes do Departamento de Estado informariam aos dirigentes da União Postal Internacional, um ramo das Nações Unidas sediado em Berna, Suíça, quanto à intenção americana de deixar o tratado, disse um funcionário do governo dos Estados Unidos.

De acordo com as regras da união, que administra o tratado postal, os membros terão prazo de um ano para renegociar os termos do tratado, antes que a retirada seja formalizada.

A decisão provavelmente inflamará as tensões entre os Estados Unidos e a China, acusada pelo governo Trump de práticas comerciais desleais e punida com tarifas sobre US$ 250 bilhões em produtos chineses, restrições de investimento e outras medidas. Não está claro se a China vai retaliar ao abandono do tratado pelos Estados Unidos.

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