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Brasil O procurador Deltan Dallagnol rejeitou interesse em promoção que o afastaria do comando da Operação Lava-Jato

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Procurador enviou ofício a conselho dizendo não ter interesse em vaga de procurador regional. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba (PR), o procurador Deltan Dallagnol decidiu não concorrer à promoção a uma vaga de procurador regional da República, responsável pela atuação na segunda instância da Justiça Federal. Ele apresentou nesta segunda-feira carta ao CSMPF (Conselho Superior do Ministério Público Federal) em que recusa a hipótese de promoção para poder continuar à frente da coordenação da força-tarefa Lava-Jato em Curitiba. Ele exerce a função há pelo menos cinco anos.

Se não tivesse apresentado a carta, o procurador estaria apto a ser escolhido para umas das dez vagas em aberto — nove delas em Brasília (DF) e uma em Porto Alegre (RS) —, e com isso seria obrigado a deixar a força-tarefa no Paraná.

A escolha de nomes se dá por critérios de merecimento e antiguidade, analisados em reunião do CSMPF, marcada para o próximo dia 5 de novembro.

Atualmente, Deltan ocupa o posto de coordenador na condição de procurador natural de processos motivados por investigações originárias em Curitiba. Nos últimos anos, procuradores regionais foram cedidos à força-tarefa, mas sempre mediante autorização do PGR (Procurador-Geral da República).

Ele tinha até esta segunda-feira (21) para apresentar uma recusa à promoção. No MPF desde 2003, o procurador integra o grupo que reúne um quinto dos procuradores mais antigos na carreira, aptos a serem promovidos por merecimento.

“A decisão foi tomada após conversar com os demais procuradores da força-tarefa e tomou em conta aspectos pessoais e profissionais”, informou Deltan na tarde desta segunda, em nota divulgada por sua assessoria.

Procuradores próximos ao chefe da Lava-Jato vinham defendendo sua promoção como estratégia para tentar reduzir a pressão por sua saída do posto, em função do vazamento de suas mensagens particulares trocadas com diversos interlocutores por meio do aplicativo Telegram. O procurador resistia à ideia, por entender que o teor das mensagens não compromete o trabalho à frente do grupo anticorrupção.

O Conselho Superior do MPF é presidido pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, que nos últimos meses foi crítico ao que classificou de “personalismo” na atuação de procuradores em ações de combate à corrupção, citando o exemplo da Lava-Jato.

Atualmente Deltan é alvo de nove reclamações em outra instância: no Conselho Nacional do Ministério Público. Nenhum deles tem relação com suas mensagens privadas que foram tornadas públicas, mas com manifestações públicas do procurador sobre temas relacionados ao combate à corrupção.

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