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Geral O procurador-geral da República troca assessor que elogiou Bolsonaro e acusou a Operação Lava-Jato de “ilegalidades”

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No posto desde setembro de 2019, Aras (foto) foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para mais dois anos à frente do MPF. (Foto: Antonio Augusto/Secom/PGR)

O procurador-geral da República, Augusto Aras, oficializou nesta quarta-feira (5) a saída de Eitel Santiago de Brito Pereira do cargo de secretário-geral da PGR (Procuradoria-Geral da República). Após uma entrevista dada por Eitel na qual ele fez elogios ao presidente Jair Bolsonaro e citou supostas “ilegalidades” da Operação Lava-Jato, subprocuradores-gerais do Conselho Superior enviaram ofícios a Aras apontando desconforto com a atuação de Eitel e pedindo sua saída. A manifestação recebeu o apoio de 295 outros procuradores, que assinaram um documento de adesão ao protesto.

Em um comunicado interno, Aras comunicou que Eitel pediu demissão e informou a substituição dele pela subprocuradora-geral da República Eliana Torelly, que já vinha exercendo a função interinamente. A secretaria-geral da PGR é o órgão responsável pela gestão administrativa do órgão, cuidando da execução de despesas, concessão de diárias de viagens e assuntos do tipo.

Eitel é subprocurador-geral da República aposentado e chegou a concorrer ao cargo de deputado federal pelo PP em 2018. Apoiou a candidatura presidencial de Bolsonaro na ocasião.

No comunicado, Aras agradeceu ao trabalho dele durante sua gestão. “O colega Eitel Santiago foi incansável na defesa do Ministério Público da União, não medindo esforços para que, em pouco tempo, essa pauta gerasse resultados significativos para nossa instituição, inclusive, no tocante à recuperação das perdas orçamentárias e financeiras no montante de R$ 1,02 bilhão”, declarou Aras.

Sua posição se tornou incômoda dentro da PGR após uma entrevista à CNN Brasil, na qual deu declarações distantes das suas atribuições dentro do órgão, que eram apenas restritas à esfera orçamentária, sem atuação em processos ou investigações. Nessa entrevista, Eitel afirmou que existiam “ilegalidades” nas prisões preventivas da Lava-Jato e na divulgação dos nomes de investigados, além de ter feito elogios ao presidente Jair Bolsonaro e afirmado que “foi Deus o responsável pela presença de Bolsonaro no poder”.

A gestão de Eitel já se envolveu em outras polêmicas. No fim do ano, ele tentou cortar cerca de 50 assessores da Lava-Jato e de outras áreas de investigação, o que provocou protestos e insatisfação. Um ex-assessor seu na Secretaria-Geral, Erick Vidigal, foi alvo de uma ação da Polícia Federal que investiga fraude na aquisição de produtos para combate à pandemia do coronavírus no Amazonas. Vidigal deixou seu cargo na PGR pouco antes de ser alvo da ação da PF (Polícia Federal), que foi feita em conjunto com a PGR. As informações são do jornal O Globo.

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