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Geral O Ministério Público Federal quer abrir inquérito para investigar se o Corinthians pagou propina a juiz para suspender débitos do clube

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O Corinthians confirmou que recebeu solicitações do juiz, mas rechaçou com veemência que tenha repassado qualquer valor. (Foto: Bruno Teixeira/Divulgação)

O MPF (Ministério Público Federal) pediu autorização da Justiça para abrir inquérito para apurar se o Sport Club Corinthians Paulista pagou propinas ao juiz Leonardo Safi de Melo, da 21ª Vara Cível Federal em São Paulo, para obter levantamento de alvará em 2018. O pedido foi feito nos autos da denúncia apresentada pela Procuradoria contra o magistrado na segunda-feira (3) por corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O Corinthians, em nota, confirmou que recebeu solicitações do juiz, mas rechaçou com veemência que tenha repassado qualquer valor a Safi. A assessoria do clube informou que já foram prestados esclarecimentos à Polícia Federal sobre o processo.

Esclareça-se que o depoimento do Vice-Presidente, Alexandre Husni, de que valores foram entregues aos servidores públicos investigados, refere-se a processo de seu escritório particular movido contra os correios, sendo importante destacar que tal processo não tem relação alguma com o Clube”, diz a agremiação.

O ‘Caso Corinthians’, como descrito pelos procuradores no documento, está entre os pelo menos 18 processos em que foram encontrados indícios da atuação de uma organização criminosa, comandada pelo juiz, para venda de decisões e sentenças na Vara Federal.

De acordo com o Ministério Público Federal, o advogado contratado pelo clube, Juliano Di Pietro, o diretor jurídico do Corinthians, Fabio Souza Trubilhano e seu presidente e vice-presidente, Andres Navarro Sanches e Alexandre Husni, foram ouvidos nas investigações preliminares. Todos confirmaram ter recebido pedidos de propinas, mas apenas Husni admitiu o pagamento em troca do levantamento de decisão judicial.

Leonardo Safi de Melo, que chegou a ser preso na Operação Westminster, está em liberdade monitorada. Segundo a Procuradoria, ele escolhia processos milionários, usava intermediários para se aproximar de uma das partes da ação e pedia uma ‘comissão’ para expedir precatórios.

Além do magistrado, o Ministério Público Federal denunciou o diretor da 21ª Vara Cível Federal em São Paulo, Divannir Ribeiro Barile, apontado com seu braço direito no esquema, o perito Tadeu Rodrigues Jordan que, segundo os investigadores, era escalado para analisar processos e tinha parte da remuneração desviada, e as advogadas Deise Mendroni de Menezes e Clarice Mendroni Cavalieri, que ajudariam a lavar o dinheiro através da simulação de contratos de prestação de serviços.

O que diz o clube: “O Sport Club Corinthians Paulista esclarece que sobre os fatos veiculados e que envolvem a Denúncia do MPF contra o juiz federal Leonardo Safi de Melo, que todos os esclarecimentos foram prestados perante a Polícia Federal, confirmando a solicitação de vantagem indevida. Ademais, jamais se aceitou ou anuiu com essa solicitação, diferentemente. Esclareça-se, ainda, que o processo que tramitava sob a jurisdição desse Magistrado teve desfecho desfavorável ao pretendido pelo clube, o que foi alvo de recurso. O Corinthians ou seus representantes jamais cometeram qualquer ilicitude e não compactuam com qualquer ato de corrupção. Por fim, esclareça-se que o depoimento do Vice-Presidente, Alexandre Husni, de que valores foram entregues aos servidores públicos investigados, refere-se a processo de seu escritório particular movido contra os correios, sendo importante destacar que tal processo não tem relação alguma com o Clube. O SCCP reafirma seu repúdio à conduta dos servidores públicos envolvidos nesses crimes e se colocou inteiramente à disposição das autoridades para a efetiva apuração do ocorrido”.

O advogado Leonardo Massud, que defende o juiz Leonardo Safi de Melo, informou que vai se manifestar sobre a denúncia quando seu cliente for notificado oficialmente.

Já os advogados de defesa de Deisi afirmaram que “trata se de denúncia recente, o qual esta defesa técnica ainda não teve conhecimento, bem como ainda não foi alvo de recepção pelo E. TRF-3”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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