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Brasil PSDB estuda adotar código de ética que afastaria Aécio Neves do partido

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Deputado do PSDB é investigado em uma série de inquéritos e se tornou réu em abril de 2018. (Foto: Agência Brasil)

De saída da presidência do PSDB, que escolhe um novo dirigente no fim deste mês, Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, quer deixar como marca um código de ética para o partido. A proposta estudada pela comissão responsável prevê o afastamento da sigla de réus em processos criminais, como o deputado federal Aécio Neves (MG) e Marconi Perillo, ex-governador de Goiás.

Quem for condenado criminalmente em segunda instância pode ser expulso, como é o caso de Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas Gerais e ex-presidente do partido, condenado por peculato e lavagem de dinheiro. Azeredo está preso, acusado de participar de um esquema que desviou cerca de R$ 3,5 milhões de três estatais mineiras (Comig, Copasa e Bemge) para o caixa dois de sua campanha à reeleição em 1998.

Aécio Neves, por sua vez, é investigado em nove inquéritos e é réu em uma ação criminal por corrupção no STF (Supremo Tribunal Federal). A PGR (Procuradoria-Geral da República) chegou a pedir a prisão de Aécio em 2017 na investigação sobre supostos pagamentos de propina pelo grupo J&F. Na época, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusou o então senador tucano de pedir e receber R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista. Janot também pediu o afastamento de Aécio do mandato de senador. Os pedidos não foram aceitos.

Não está clara qual seria a gradação do “afastamento” imposto ao deputado, mas uma das possibilidades é de que ele não possa mais participar das reuniões do partido, minando a sua já encolhida influência nas decisões do PSDB. O mesmo aconteceria com o ex-governador do Paraná, Beto Richa, réu pelos crimes de obstrução de justiça, corrupção, organização criminosa e prorrogação indevida de contrato de licitação. Richa chegou a ser preso temporariamente duas vezes por conta de operações da Polícia Federal. Ele foi acusado de ter sido beneficiado com suposto pagamento de R$ 2,7 milhões em propinas.

O código não prevê uma punição específica para quem é investigado por corrupção, já que, nesse caso, não haveria elementos o suficiente para questionar sua idoneidade na sigla. Alckmin, por exemplo, é alvo de inquérito na Lava-Jato, mas não de processo, e, portanto, não seria afetado. Também não há punição para condenados por improbidade administrativa, como João Doria, punido pelo uso do slogan “Acelera SP” quando era prefeito de São Paulo.

Ficha limpa tucana

Outra proposta em análise é a de que novos filiados do partido passem por uma espécie de checagem de antecedentes, para verificar se são ficha suja. Após ser encaminhado pela comissão, o código dependerá da convenção do partido, que tem autoridade para deliberar sobre mudanças no estatuto da sigla.

Tucanos próximos ao grupo de Alckmin temem uma tentativa de desfigurar a proposta, para que ela promova apenas uma faxina do grupo de Aécio Neves e poupe aliados de João Doria. O ex-deputado Bruno Araújo (PE), próximo ao governador de São Paulo, é o nome mais cotado para assumir a direção da sigla. Tucanos da velha guarda se preparam para disputar espaço na Executiva Nacional e se manter influentes.

A comissão que elabora o Código de Ética é composta pelos deputados Samuel Moreira (SP), Carlos Sampaio (SP), Rose Modesto (MS), o senador Rodrigo Cunha (AL) e o secretário-geral do partido, Marcus Pestana (MG).

O grupo também vai encaminhar regras de compliance que visam coibir a infidelidade partidária. A ideia é que sejam impostas penalidades para vereadores e prefeitos que apoiarem candidatos de outros partidos nas eleições ou fizerem “alianças espúrias”.

As alianças com outras siglas é vista como uma das causas do péssimo desempenho eleitoral de Alckmin em sua candidatura à Presidência. Por isso, segundo interlocutores próximos, a proposta é sua maior preocupação.

 

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