Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de dezembro de 2017
Depois de longo período exibindo sua divisão interna, a executiva nacional do PSDB decidiu nesta quarta-feira (13), em uma reunião em Brasília, fechar questão pela aprovação da reforma da Previdência – o assunto central das discussões políticas do momento. Esta é a primeira reunião do PSDB sob o comando do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Houve discussão sobre cobrança de punição aos infiéis, mas não prosperou, o que torna a decisão mais simbólica do que efetiva. Segundo um dos tucanos que participou do encontro da executiva nacional, haverá o mesmo comportamento no Senado quando a reforma da Previdência estiver em discussão na Casa.
Apesar da decisão, não é possível afirmar quantos votos o PSDB dará à reforma da Previdência. Mas, sem dúvida, a decisão da cúpula do PSDB é uma vitória do governo federal, que vinha cobrando de aliados apoio à reforma, e também do grupo tucano mais próximo ao Palácio do Planalto. E uma decisão que contou com apoio de Geraldo Alckmin, que tornou mais incisivo seu discurso pela reforma.
Unânime
Segundo Alckmin, a decisão do partido foi “praticamente unânime” e é “sem sem ressalvas”, ou seja, independe do texto que deverá ser levado à votação na Câmara. Quando um partido fecha questão sobre determinado tema, os parlamentares da bancada precisam seguir a orientação nas votações, sob pena de sofrerem punições, mas no PSDB, porém, nenhuma retaliação foi discutida.
“Isso (punição) não foi discutido nessa reunião. O partido toma uma decisão que, não sei se inédita, mas não usual, de fechamento de questão, deixando claríssima nossa posição favorável. Vamos fazer o convencimento para ter o maior número de votos. Esse não é o momento de discutirmos punição. Não está excluída punição, mas a nossa primeira tarefa é convencimento e está indo bem”, disse Alckmin.
“Tomamos uma decisão praticamente unânime. Não teve nenhuma decisão contrária ao fechamento de questão em relação à reforma da Previdência. Nossa posição é clara”, afirmou o governador.
Além de Alckmin, participam do encontro o governador de Goiás, Marconi Perillo, primeiro vice-presidente da legenda, o ex-vice-governador Alberto Goldman, que comandou o PSDB até a semana passada, e o senador Tasso Jereissati, que também ocupou a presidência interina nos últimos meses, além de deputados e outros membros da Executiva. O ex-presidente da legenda, senador Aécio Neves (MG), não participou.
A decisão sobre o fechamento de questão foi antecipada pelo Twitter pelo deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), ex-ministro de Temer, enquanto a reunião ainda acontecia.
Antes de a reunião acabar, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) disse que, mesmo com o fechamento da questão, foi autorizado por Alckmin a discutir com o relator da proposta, deputado Arthur Maia (PPS-BA), mudanças no texto. A bancada tucana defende uma regra especial de transição para servidores que entraram na administração pública até 2003.