Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 17 de novembro de 2020
Um levantamento feito pelo portal de notícias G1 revela como cada partido se saiu em cada Estado no 1º turno destas eleições. O PT registrou seu melhor desempenho na Bahia, onde elegeu 32 prefeitos.
O MDB e PP foram bem sucedidos no Rio Grande do Sul – 134 e 143 prefeituras, respectivamente. Já o PSDB emplacou mais prefeitos eleitos em São Paulo (169). Por fim, o PSD elegeu 128 prefeitos no Paraná, estado no qual teve mais sucesso.
Vereadores
O resultado da eleição para as Câmaras municipais de todo o Brasil mostra uma mudança na composição de forças entre os partidos. Entre as 30 legendas consideradas no comparativo com a última disputa, 21 apresentaram queda no número de vereadores eleitos.
As reduções, no entanto, não foram uniformes. Enquanto partidos grandes como MDB, PT, PSDB, PSB e PDT registraram queda, outras legendas tiveram desempenho positivo, caso de DEM, PP, PSD, PL e Republicanos. Um terceiro grupo composto por partidos menores registra uma queda acentuada no número de representantes eleitos nas Câmaras.
Apesar de apresentar redução de 3% no número de vereadores, o MDB manteve a liderança no país, com mais de 7,3 mil representantes eleitos. Houve mudanças, contudo, nas posições seguintes. O PSDB, que terminou a eleição de 2016 em segundo lugar com a maior bancada de vereadores, desta vez ocupa a quarta colocação, com queda de 18%.
A segunda colocação dos partidos com mais vereadores agora é do PP, com 6,3 mil eleitos. A legenda registrou aumento de 34% no comparativo com 2016, quando estava na terceira posição. Já a terceira colocação agora é do PSD, com 5,6 mil vereadores. Em 2016, o partido ocupava a quarta posição em número de vereadores.
No grupo dos grandes partidos, além do PSDB e do MDB, PT (-5%), PDT (-9%) e PSB (-17%) também apresentaram queda no total de vereadores. Já o DEM cresceu em 49% e ocupa agora a quinta posição com a maior bancada de vereadores. O PSL, partido pelo qual o presidente Jair Bolsonaro foi eleito, também apresentou crescimento. Passou de 878 vereadores em 2016 para 1,2 mil, aumento de 37%.
Partidos pequenos
Esta foi a primeira eleição municipal após o fim da coligação proporcional aprovada na Emenda Constitucional de 2017. A nova regra proibiu, a partir de 2020, a possibilidade de os partidos fazerem coligações com outras legendas nas disputas para os cargos de vereador, deputado federal e estadual.
Com o fim das coligações proporcionais, os votos recebidos por um candidato só podem ser somados para eleger vereadores do próprio partido. No modelo que vigorava até então, os votos dos eleitores para um candidato de um partido podiam ajudar a eleger outro de uma segunda legenda que fizesse parte da coligação.
Para fazer os comparativos, o G1 considerou em 2016 as incorporações feitas pelas legendas. Alguns apenas trocaram de nome, como o PPS, que passou a ser Cidadania. Outros, porém, são resultado da união com outras legendas, caso do Podemos, que reuniu o antigo PTN e o PHS.
A maior queda proporcional entre os 21 partidos analisados ocorreu entre partidos que já eram pequenos, caso de PMB (79%), DC (-71%), PMN (-62%) e PTC (-62%). Já o maior aumento proporcional no total de vereadores eleitos foi do Novo (625%), apesar de ter agora apenas 29 vereadores. O Avante, antigo PT do B, apresentou a segunda maior variação proporcional: 116%.