Quarta-feira, 12 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de novembro de 2025
Você já pensou no seu testamento digital? Calma, não precisa escolher agora quem vai herdar os memes, a senha da Netflix ou as 1.529 fotos de prato de comida no celular. Mas a verdade é que, se a gente cuida tanto de CPF (Cadastro de Pessoa Física) e senha do banco, talvez seja bom resolver também o que vai acontecer com nossa vida on-line quando a gente der “logout” definitivo.
Dados na nuvem
Porque, diferentemente do corpo, que vai embora, seus dados continuam firmes e fortes na nuvem – e com espaço “ilimitado”. Quem fica com as senhas? Ao contrário do cachorro, da casa e das suas coleções, as senhas do e-mail e do Instagram não estão automaticamente na partilha de bens. Cada rede social tem sua regra. Veja abaixo.
– Facebook permite transformar o perfil em “memorial”. Ou seja, você não posta mais, mas seus amigos continuam curtindo suas fotos “antigas”.
– Instagram e Twitter/X também aceitam perfis memorializados, desde que alguém comprove que você não está só hibernando.
– Google tem um recurso chamado “Gerenciador de Contas Inativas”, onde você escolhe quem recebe acesso ao seu Gmail, Google Drive e até aos vídeos não postados do YouTube. Sim, você pode deixar seu canal para alguém continuar postando vlogs no além.
Testamento tecnológico
Tem gente que já escreve testamento dizendo sobre senhas, o que fazer ou não fazer com suas redes sociais, os arquivos acumulados até então, conteúdos produzidos e tudo mais. Outros contratam empresas especializadas em pós-vida digital – elas guardam suas senhas e só liberam quando for comprovado que você de fato “subiu” para a nuvem.
E se eu não fizer nada? Nada acontece. Quer dizer… Muita coisa acontece: seu e-mail continua recebendo spam, seus grupos vão marcar eventos e as pessoas vão continuar sem resposta (como sempre). Ou seja, seu corpo descansa em paz, mas seus dados… Esses ficam imortais.
Então, talvez valha a pena reservar uns minutinhos hoje para decidir quem vai cuidar deles amanhã. Seja por amor à organização – ou medo de alguém descobrir seus prints guardados. As informações são do jornal Extra.